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 | Paulo Pinto/Fotos Públicas
| Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Vinte e quatro horas depois de o prazo imposto pelo juiz federal Sergio Moro (17 horas da sexta-feira, 7) para que Luiz Inácio Lula da Silva se entregasse à Polícia Federal, o ex-presidente continua entrincheirado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.

Por volta das 17 horas deste sábado (7), Lula tentou deixar o Sindicato dos Metalúrgicos de carro acompanhado do advogado Cristiano Zanin Martins, mas a passagem do veículo foi impedida por dezenas de militantes, que fizeram um cordão humano. Chegaram a colocar uma corrente no portão. O ex-presidente se viu obrigado a deixar o carro e entrar novamente no prédio.

Por volta das 18 horas, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann foi obrigada a sair do sindicato e subir no carro de som para conversar com a militância. Disse que mais do que ninguém, ela gostaria de resistir à prisão do ex-presidente, mas que o momento não requer mais isso. Afirmou que a Polícia Federal deu meia hora para Lula deixar o prédio, conforme o que foi combinado. “Quero dividir com vocês a responsabilidade. Não somos nós que vamos enfrentar as consequências, vai ser Lula”, disse, se referindo ao risco de Justiça decretar uma prisão preventiva.

TEMPO REAL: Acompanhe ao vivo a cobertura sobre a prisão do ex-presidente Lula

A tentativa de se entregar ocorreu após intensa negociação: de um lado emissários e advogados do petista, de outro lado a Polícia Federal, ele fez seu último comício antes de dar início ao cumprimento da pena de 12 anos e um mês no caso triplex. À sua plateia ele afirmou que se entregaria à Lava Jato. “Vou de cabeça erguida e vou sair de peito estufado de lá”, afirmou, às 12h55, quando encerrou o comício.

“Eu vou cumprir o mandado (de prisão contra ele) e vocês vão ter que se transformar, cada um de vocês vai se chamar Chiquinha, Zezinho, e todos vocês vão virar Lula e vão andar por esse país e vão ter que saber.”

Com o desmonte do comício sobre carro de som, ele voltou ao edifício do sindicato e de lá até agora não saiu. Alguns companheiros de partido, como a presidente do PT Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad já deixaram o local.

Nas últimas horas, Lula ficou em uma sala reservada do Sindicato apenas com a família (filhos, noras, netos, bisneta e uma irmã), o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, o ex-secretário-geral da Presidência Gilberto Carvalho e a secretária Claudia Trajano. Parlamentares e demais convidados estão em outras salas. Por ordem de Lula, a pré-candidata Manuela D’Ávila (PC do B) acompanhada da filha Laura, de 2 anos, ganhou uma sala privativa.

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