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| Foto: Luis Blanco/A2IMG

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumiu nesta terça-feira (6) sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PSDB, depois de um processo de prévias internas em que foi o único inscrito. “Publicamos edital, eu fui o único inscrito e, portanto, habemus candidato”, afirmou, em entrevista à imprensa em Washington (EUA). 

Alckmin confirmou que irá deixar o governo de São Paulo no dia 6 de abril, prazo máximo para a desincompatibilização a fim de disputar a eleição. Depois, afirmou que irá viajar o Brasil “de Norte a Sul, de Leste a Oeste” e trabalhar na campanha “full time” [em tempo integral].

Durante a entrevista, que durou 45 minutos, o tucano já apresentou uma plataforma de campanha: afirmou que, se eleito, irá propor ainda no primeiro semestre do governo uma reforma política, a fim de diminuir o excesso de partidos no país. Também declarou que quer simplificar o modelo tributário, criando um único imposto para substituir cinco tributos, e investir na reforma da previdência.

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Sua prioridade, segundo afirmou, será fazer o Brasil crescer. O economista Pérsio Arida será o coordenador da área econômica da campanha, e já começou a trabalhar numa plataforma para recuperar a economia brasileira e gerar empregos. O tucano não quis comentar possíveis nomes para sua vice, e disse que mantém conversas com diversos partidos, sem revelar quais. 

Sobre a disputa interna no PSDB, da qual o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, se retirou afirmando que as prévias seriam “uma fraude”, Alckmin afirmou que o oponente foi “injusto” com ele e com o partido, que abriu as inscrições para os interessados em se candidatar. “A única coisa que eu concordo [com Virgílio] é que eu sou meio jeca”, declarou.

“O que é o novo?”, indaga tucano

O tucano rejeitou o rótulo de político tradicional, e disse que é “o candidato da união nacional”. “Não sou filho da dinastia política, nem da riqueza pessoal. Sou filho do povo”, afirmou.

Ao mesmo tempo, louvou sua experiência como governador por três mandatos. “Não pode ter uma credencial melhor do que ter sido eleito por três vezes”, declarou. “Há um esgotamento da política tradicional. Mas o que é o novo? É a idade? É não ter experiência nenhuma? O novo, no Brasil, é ter coragem de enfrentar as corporações.”

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Alckmin minimizou os resultados das pesquisas eleitorais, que dão a ele entre 6% e 11% das intenções de voto, e disse que “ninguém ainda sabe que é candidato”. Segundo ele, a definição do voto ocorre a partir de setembro. 

O tucano também não quis comentar se receberia o ex-presidente do PSDB e senador Aécio Neves, acusado de corrupção passiva e obstrução de Justiça, em seu palanque. “Eu reconheço o bom trabalho do Aécio em Minas Gerais, como governador. Cabe a ele decidir se vai ser candidato”, afirmou. Diante da insistência dos repórteres, afirmou: “vamos tomar um cafezinho”, encerrando a entrevista.

O governador esteve em Washington para compromissos no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde obteve recursos para a obra do Rodoanel. Nesta quarta (7), dará uma palestra sobre o cenário político e econômico do Brasil no Brazil Institute, do Wilson Center, think tank sediado na capital americana.

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