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| Foto: Nelson Almeida/AFP

O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, remarcou pela terceira vez, nesta terça-feira (13), os interrogatórios do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do filho caçula dele, Luís Cláudio Lula da Silva, na ação penal aberta no âmbito da Operação Zelotes. Os depoimentos foram agendados agora para 21 de junho, às 9 horas. Outros dois réus no processo também irão depor nesse mesmo dia.

Lula é acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa para viabilizar a edição de medida provisória do interesse de montadoras de veículos e compra de caças de defesa de uma multinacional sueca.durante o governo Dilma Rousseff.Os crimes teriam ocorrido entre 2013 e 2015.

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Os interrogatórios estavam marcados inicialmente para 30 de outubro do ano passado, mas foram suspensos liminarmente pelo desembargador federal Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), até que fossem ouvidas testemunhas de defesa arroladas pelo ex-presidente e que se encontram fora do país, entre eles autoridades na França e na Suécia.

A audiência foi então reagendada para 20 de fevereiro, mas voltou a ser suspensa pelo mesmo motivo – e novamente por uma liminar de Névitos Guedes, atendendo a um recurso da defesa do petista.

Com o depoimento marcado para junho, Vallisney atenda ao prazo de 120 dias determinado pelo desembargador para que se aguarde o cumprimento das cartas rogatórias enviadas ao exterior com perguntas a testemunhas de defesa indicadas pelos réus.

Outros processos

A ação referente à medida provisória e aos caças é uma das quatro contra Lula em curso na Justiça Federal em Brasília. Eventual condenação, se confirmada em segunda instância, atrapalharia ainda mais os planos do petista de concorrer à Presidência da República este ano.

No fim do mês passado, o TRF-4 manteve a condenação de Lula no caso do tríplex do Guarujá, em que é acusado de corrupção. A corte aumentou a pena do petista para 12 anos e um mês de prisão.

Na ação que tramita em Brasília, após a fase de interrogatórios, será aberto prazo para alegações finais das partes. Em seguida, o processo ficará pronto para sentença.

Leia a decisão do juiz

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