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Lula em Maricá (RJ): “O Rio de Janeiro vai voltar a ter gente honesta governando”. | Ricardo Stuckert/PT
Lula em Maricá (RJ): “O Rio de Janeiro vai voltar a ter gente honesta governando”.| Foto: Ricardo Stuckert/PT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alfinetou velhos aliados na noite desta quarta-feira (6). Em Maricá, única cidade do Rio de Janeiro que é administrada por um petista, Lula listou casos de governantes detidos em decorrência da Operação Lava Jato para afirmar que a “política entrou num processo de destruição no Rio”.

Sem citar o nome desses políticos – apenas cargos –, Lula disse que “o Rio de Janeiro vai voltar a ter gente honesta governando”. “Um governo que não tem 1% de aprovação, um está preso, o outro também, e o outro. A política entrou em processo de destruição e, nesse processo, o Rio é vítima. O povo não merece isso”, afirmou.

No momento, o Rio de Janeiro tem três ex-governadores presos – Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral. Todos foram aliados de Lula, algo que o ex-presidente não mencionou em seu discurso. O atual governador, Luiz Fernando Pezão, também apoiado pelos petistas, é investigado, suspeito de receber dinheiro de caixa dois da Odebrecht.

“É tão bom cuidar dos pobres. Eu acho que o Sérgio está fazendo isso com muito carinho. É o olhar fraterno, é o olhar generoso, sabe, é a pessoa trabalhar um pouco com o coração. O Sérgio é pura emoção. O Sérgio parece durão mas eu já vi ele lacrimejar os olhos muitas vezes falando do povo do Rio de Janeiro”, disse Lula em 2010, em um vídeo da campanha pela reeleição de Sérgio Cabral, que em setembro de 2017 foi condenado a 45 anos de prisão, a maior pena da Lava Jato. “Eu acho que o povo precisa de gente assim. E ninguém, ninguém trata com a alma que o Sérgio trata as pessoas”, completou Lula no vídeo.

Nesta quarta, em Maricá, Lula ironizou ainda o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), que, em um grampo, aparece dizendo que a cidade “é uma merda de lugar”. Curiosamente, o diálogo se deu no ano passado com o próprio Lula, à época seu aliado. Paes comparava a cidade a Atibaia, onde fica um sítio que era usado pelo petista.

Funcionários da prefeitura chegaram uniformizados à praça da Matriz por volta das 17h, para acompanhar o evento com o ex-presidente. No palanque, Lula disse lamentar que não estivesse ali um ex-prefeito que nunca visitara a cidade, referência a Paes.

O ex-presidente também responsabilizou a Lava Jato pelas mazelas do estado. “A Lava Jato não pode fazer o que está fazendo com o Rio”, disse Lula. Segundo ele, a operação “não pode, por causa de meia dúzia de pessoas que dizem que roubaram e ainda não provaram, causar o prejuízo que estão causando à Petrobras”.

“Agora estão quebrando os estaleiros, falando que fica mais barato importar da China, da Coreia. Estamos importando sonda e plataforma, navios, e eles acabaram com as políticas de produção nacional, que a gente tinha decidido que 70% de todos os navios, das sondas, tinham que ter trabalho brasileiro, tecnologia brasileira. Estão cedendo às pressões das multinacionais”, continuou Lula, de acordo com relato publicado no site do PT.

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