• Carregando...
 | José Cruz/ABR/José Cruz/ABR
| Foto: José Cruz/ABR/José Cruz/ABR

Postulante a uma vaga de presidenciável no PSDB, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, um dos fundadores da legenda, assume-se como um franco-atirador da corrida eleitoral. Ele irá disputar as prévias da legenda contra o governador paulista e presidente da legenda, Geraldo Alckmin. Para reverter o favoritismo do oponente, Virgílio ligou uma metralhadora giratória e esquentou o debate interno tucano.

Virgílio é ex-senador pelo Amazonas, ex-líder do PSDB no Senado e ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso. Pode faltar voto para o prefeito dentro do PSDB, mas não falta história no partido. As prévias tucanas serão decididas por 800 mil filiados aptos a votar. Mas Virgílio reclamou até disso, em entrevista à Gazeta do Povo na última sexta-feira (12/1).

“Desde agosto pedi a lista de filiados. Mas nada. É tudo desorganizado. Ou feito por má-fé mesmo. Propus dez debates, marcaram cinco e ainda deixaram de fora Manaus e São Paulo. Entendi o recado. Alckmin não quer perder votos para mim dentro de seu terreno”, disse Virgílio.

LEIA MAIS: “Para prender Lula, vai ter que matar gente”, diz Gleisi

O prefeito atacou Alckmin, o PSDB, o governo Temer. Seu opositor nas prévias é o alvo preferido.

“Ele perdeu feio a eleição para o Lula em 2006. Teve menos votos no segundo turno do que no primeiro. Foi um ‘sparring’ do Lula. Não pode ser candidato de novo.”

Virgílio considera um erro o partido continuar no governo. Entende que foi correta a decisão de participar, no início, quando ajudou a derrubar Dilma Rousseff.

LEIA MAIS: Liberação das armas vira aposta para emplacar presidenciável de direita

“O papel que o partido fez foi grotesco. No início era justo participar mesmo do governo Temer. Depois, quando o governo se perdeu, o PSDB foi junto. Primeiro, decidiu ficar. Depois, decidiu sair, mas não saiu. Depois, olha a que ponto chegamos, vem o ministro Padilha (Eliseu Padilha, da Casa Civil) e diz que está na hora do PSDB sair. E o partido nem ficou e nem saiu. E vivemos isso! Chegamos até aqui para levar bronca de Eliseu Padilha?”

Arthur Virgílio se acha em condições de ser candidato a presidente pelo PSDB. Enumera sucessos de sua gestão como prefeito, cita seu histórico no partido, mas desconfia a razão de ser preterido na legenda: “Será que com tudo que fiz e represento no partido preciso ser prefeito de São Paulo para postular isso?”

As prévias no PSDB devem ocorrer entre final de março e início de abril.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]