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 | Ricardo Stuckert/Fotos Públicas
| Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (6), que usará todos os recursos disponíveis para garantir sua candidatura à Presidência. Reunido nesta tarde com representantes da Central de Movimentos Populares (CMP) em São Paulo, Lula disse que estão tentando impedir a candidatura mais forte do campo da esquerda. Segundo relato do coordenador do movimento, Raimundo Bonfim, afirmou que vai levar a candidatura até as últimas consequências. 

A conversa ocorreu durante o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou por unanimidade o habeas corpus preventivo para evitar a prisão do petista antes de esgotados todos os recursos no caso do tríplex em Guarujá (SP). Segundo Bonfim, Lula não acompanhou a votação.

O ex-presidente aceitou o convite para participar do congresso do movimento, no dia 4 de abril, e descreveu a agenda para as próximas semanas, incluindo uma caravana para o Sul e a participação no Fórum Social Mundial, em Salvador.

Pela manhã, Lula publicou nas redes sociais trechos da entrevista concedida a uma rádio baiana. Nela, disse esperar bom senso da Justiça. Também comparou o processo a uma inquisição. “Estou me insurgindo e por isso estou candidato. Espero que haja justiça de verdade. Acredito, e tanto, que estou recorrendo”, repetiu.

Na entrevista, afirmou que espera ser candidato à Presidência da República e que as instâncias superiores revertam a condenação na Lava Jato. “Eu estou consciente que eu vou ser candidato, estou trabalhando para isso”, disse. O petista pode ser impedido de concorrer ao Planalto por causa da Leia da Ficha Limpa. “Eu acredito que haverá nas instâncias superiores a preocupação em analisar o processo, eu não posso ser vítima de uma mentira contada pela imprensa, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo [juiz Sergio] Moro.”

O ex-presidente disse esperar que a Justiça o considere inocente até o dia de registro da sua candidatura, cujo prazo limite é 15 de agosto. “Obviamente que se eu não for inocentado e estiver com a ficha suja, eles não vão deixar nem meu nome entrar na cédula.” Se não for candidato, Lula repetiu que quer ser “uma pessoa de muita influência na política brasileira”. Ele negou declarar algum “plano B” caso não seja candidato.

Liderança em nova pesquisa

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça mostrou que o ex-presidente segue liderando as intenções de voto, mesmo com a possibilidade de ser impedido pela Justiça Eleitoral de disputar as eleições presidenciais deste ano.

Na pesquisa estimulada, o petista lidera o cenário com 33,4%, seguido do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) com 16,8% e Marina Silva com 7,8%. O tucano Geraldo Alckmin teria 6,4% no cenário com Lula na disputa, seguido de Ciro Gomes (PDT) com 4,3%.

A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. A pesquisa foi feita entre 28 de fevereiro a 3 de março e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-06600/2018.

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