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| Foto: Antonio Costa/Arquivo Gazeta do Povo

Em audiência no Congresso, o representante de comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, anunciou que Brasil, Coreia do Sul, Argentina, Austrália e UE, além dos anteriormente citados Canadá e México, terão as tarifas sobre aço e alumínio suspensas enquanto negociam a exclusão definitiva das sobretaxas, até 30 de abril.

Nesta quarta-feira (21), o presidente Michel Temer havia dito, em referência a uma mensagem da Casa Branca, que os EUA iriam suspender as sobretaxas sobre o aço brasileiro, mas a reportagem apurou que o governo não havia recebido uma confirmação oficial dos americanos naquele momento.

“Estou lendo agora uma declaração feita pela Casa Branca de que o Brasil é um dos países pelos quais começarão as negociações visando a eventuais exceções as tarifas de importação de aço e alumínio”, disse Temer em reunião do Conselhão. “As novas tarifas, mensagem da Casa Branca, não se aplicarão enquanto estivermos em negociação. Uma boa notícia.” 

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Em audiência no Congresso, o representante de comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, anunciou que Brasil, Coreia do Sul, Argentina, Austrália e UE, além dos anteriormente citados Canadá e México, terão as tarifas sobre aço e alumínio suspensas enquanto negociam a exclusão definitiva das sobretaxas, até 30 de abril.

O governo americano havia anunciado anteriormente que as tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio entrariam em vigor nesta sexta-feira (23), e os únicos países que haviam recebido isenção eram México e Canadá.

Em entrevista, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que Temer havia recebido comunicado oficial do governo americano informando a suspensão.

“O embaixador Sérgio Amaral que mandou aquela mensagem, que foi recebida pelo ministro Aloysio Nunes Ferreira, que passou para o presidente Michel Temer, dizendo que, com o Brasil, a negociação do aço estava iniciada e, enquanto houver a negociação, não serão implementadas aquelas restrições que foram originariamente estabelecidas”, disse Padilha.

Segundo a reportagem apurou, no entanto, o governo americano não havia enviado nenhuma comunicação oficial à embaixada do Brasil em Washington, que, por sua vez, não a repassou ao ministro Aloysio Nunes.

A única declaração oficial, até esta quinta, constava do depoimento de Lighthizer durante audiência no Congresso americano na tarde de quarta. Ele não afirmou que o Brasil estava entre os países que teriam a aplicação das tarifas suspensa enquanto negociam com os EUA.

Ele disse que o país estava em negociações (sobre possível exclusão da tarifa) com a Argentina, União Europeia e Austrália, e que “em breve começaremos a falar com o Brasil”. Depois, ele afirmou que “alguns países”, sem especificar quais, estarão “em um a posição em que as tarifas não serão aplicadas sobre eles enquanto estiverem em curso as negociações”.

Posteriormente, na audiência, ele disse que o Brasil era um exemplo “inusual” e “único” porque exportava, na maioria, aço semi-acabado para os EUA, e que o escritório de comércio iria levar isso em consideração. Depois, ele afirmou que existem características que fazem do Brasil um caso único, mas que a decisão depende do presidente Donald Trump.

O Brasil exporta US$ 2,6 bilhões em aço para os Estados Unido, que é o maior importador de aço brasileiro.

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