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| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Palácio do Planalto confirmou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai estudar a redução do centro da meta de inflação para 2019.

Para este ano e 2018, ele está fixado em 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. No entanto, diante da trajetória de queda dos índices de preços, a equipe econômica passou a avaliar a redução desse valor. Em junho, o CMN vai fixar a meta de 2019. Em março, o IPCA acumulado em 12 meses ficou em 4,57%.

Isso ocorreu depois de o presidente Michel Temer mexer nas expectativas do mercado ao sinalizar, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, que haveria espaço para redução da meta já em 2018.

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Em nota, o Planalto informou que o presidente tem acompanhado a queda nas projeções de inflação e que, pelo quadro favorável, “foi informado pela equipe econômica de que a reunião de junho do CMN avaliará a possibilidade de alteração do centro da meta de inflação para 2019”. Isso indica que a meta de 2018 será mantida em 4,5% – a mesma desde 2005.

O boletim Focus, apurado pelo Banco Central junto a economistas do mercado financeiro, reforça esse cenário. As expectativas para o IPCA em 2018 recuaram de 4,50% para 4,46%. Para este ano, também houve queda, de 4,10% para 4,09%. Já no chamado Top 5, o grupo que mais acerta as previsões, as estimativas para 2018 caíram de 4,50% para 4,25%, e, para este ano, já estão em 3,73%.

Discussão

No fim de janeiro, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, havia dito que, “no longo prazo”, o país vai caminhar para uma meta de inflação mais baixa, próxima de 3% ao ano. A afirmação abriu um debate entre economistas, que se dividiram.

Alguns defendem que o país deve mesmo aproveitar o momento de preços contidos para baixar a meta, enquanto outros acham que isso pode atrapalhar o processo de queda da taxa básica de juros, a Selic, usada no combate à inflação.

Analistas consultados pela Gazeta do Povo na época citaram a possibilidade de que a meta seja reduzida aos poucos – caindo 0,25 ponto porcentual ou 0,50 ponto a partir de 2019.

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