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Carlos Alberto Bettoni , instantes após ser agredido em frente ao Instituto Lula, em São Paulo | Elaine  Patrícia Cruz/Agência Brasil
Carlos Alberto Bettoni , instantes após ser agredido em frente ao Instituto Lula, em São Paulo| Foto: Elaine Patrícia Cruz/Agência Brasil

A defesa do administrador de empresas Carlos Alberto Bettoni solicitou a anulação do depoimento prestado por ele no dia 19 de abril. Ele foi agredido no dia 5 deste mês, em frente ao Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo, minutos depois que o ex-presidente deixou o local rumo ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Os advogados do empresário alegam que as declarações foram tomadas no hospital sem a presença de seus representantes ou autorização deles e da família, e pedem que ele seja ouvido novamente, além da inclusão de outras duas testemunhas no inquérito.

Família e advogados de Bettoni temem que os autores da agressão sejam indiciados apenas por lesão e não por tentativa de homicídio. O ex-vereador de Diadema (SP), Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho do PT, e o filho dele, Leandro Eduardo Marinho, foram indiciados, segundo informações da polícia, por lesão corporal dolosa (quando há intenção de agredir outra pessoa). Eles prestaram depoimento no 17º Distrito Policial de São Paulo, também no Ipiranga, onde está o caso, no dia 10 deste mês.

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A petição, assinada pelos advogados de Bettoni, e que tem a mulher dele, Terezinha Quaresma, como requerente, foi encaminhada à vara criminal do Foro Regional do Ipiranga em “caráter de extrema urgência”. Junto ao documento, carta assinada pelo coordenador médico da UTI do hospital São Camilo, onde a vítima segue internada para tratar do traumatismo craniano causado pelas agressões, avisa que, ao solicitar que Bettoni prestasse depoimento, o delegado Luiz Carlos Patrício Nascimento foi informado pelo hospital de que o paciente apresentava “períodos de confusão”.

Para a defesa, não havia motivo para a tomada tão rápida de depoimento da vítima e o encerramento das investigações, “deixando de produzir importantes provas para o completo estabelecimento da verdade”, informa a petição.

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Os advogados alegam que as provas a serem produzidas, incluindo as imagens registradas por veículos de imprensa que estavam no local, somadas a depoimentos de testemunhas, “revelam que o caso concreto não encerra mero episódio de agressão, mas sim de possível tentativa de homicídio qualificado”, registra o documento.

Depois de agredido, o empresário foi empurrado em direção a um caminhão que trafegava pela rua. Ao bater a cabeça no para-choque do veículo, caiu desacordado.

Terezinha disse que, momentos antes da confusão, o marido “expressou a revolta de muita gente “ ao ofender o senador petista Lindbergh Farias em frente ao instituto, o que teria motivado as agressões por parte dos apoiadores do partido. E que o marido não é nenhum fanático, mas que “está muito revoltado com o PT e essa política que temos acompanhado”.

Os advogados de Maninho do PT, informaram em nota, no fim de semana seguinte à confusão, que o ex-vereador lamentava o ocorrido e dizia ser vítima de retaliações. “Por conta das vinculações que têm sido feitas pelas mídias, onde está sendo reproduzida somente uma parte da situação, a família tem sofrido hostilização e retaliação por parte da população”.

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