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Vindos do Largo da Batata, em Pinheiros, os manifestantes ficaram a 150 metros da casa do presidente: gritos de “Fora Temer”. | Nelson Almeida/
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Vindos do Largo da Batata, em Pinheiros, os manifestantes ficaram a 150 metros da casa do presidente: gritos de “Fora Temer”.| Foto: Nelson Almeida/ AFP

Um ato em frente à casa do presidente Michel Temer em São Paulo na noite desta sexta-feira (28) foi dispersado após um confronto entre polícia e manifestantes. Por volta das 20h30, a PM começou a atirar bombas de efeito moral contra os manifestantes mais próximos da barreira montada no local para isolar a residência do presidente. Houve correria em direção às ruas vizinhas. A polícia usou bombas, balas de borracha e canhão de água.

Grande parte dos manifestantes recuou em direção à Praça Panamericana. A avenida Fonseca Rodrigues, escura por causa das árvores, facilitou a ação de black blocs. Um helicóptero da PM sobrevoava as imediações. Havia barreiras policiais na esquina da avenida Professor Manoel José Chaves com a Panamericana. Com medo da polícia, manifestantes recuaram. Um grande grupo caminhou em direção à Pedroso de Morais, mesmo caminho que tomaram até a casa de Temer.

Vindos do Largo da Batata, em Pinheiros, os manifestantes ficaram a 150 metros da casa do presidente. Aos gritos de “Fora Temer”, o carro de som convocava os manifestantes a seguirem até a barreira montada em frente à casa do presidente, para colocarem uma bandeira do movimento e dar o fim simbólico ao ato. A Força Tática da Polícia Militar isolou toda a área.

Antes, black blocs entraram no meio da passeata na Avenida Pedroso de Moraes e jogaram pedras em quatro agências bancárias e uma concessionária da Audi. Muita gente saiu correndo, mas a Polícia Militar estava distante para intervir. Manifestantes mais assustados apertaram o passo para chegar perto da liderança organizada, mas houve quem também aplaudisse o ato.

Em discurso durante o protesto na Pedroso de Morais, o deputado estadual José Américo (PT) criticou a reforma da Previdência para os servidores estaduais que será enviada à Assembleia Legislativa. “O governo Paulista dá sustentação às reformas de Brasília, precisamos combater isso.”

A passeata saiu do Largo da Batata, também na zona oeste. Os líderes do movimento estimam que 70 mil pessoas participaram da manifestação.

O Largo da Batata começou a ficar vazio à medida que os manifestantes seguiam no sentido da Praça Panamericana. Parte dos manifestantes decidiu não seguir a passeata e buscou o metrô ou iniciou uma caminhada para outros pontos do bairro. O grupo “black bloc” que causou tumultos na Avenida Faria Lima permaneceu parado no começo do Largo.

Presidente lamenta atos de violência

Em nota, o presidente Michel Temer ressaltou no início da noite que as manifestações em decorrência da greve geral ocorreram “livremente em todo o país”. Ele criticou, contudo, os incidentes ocorridos em algumas cidades em decorrência dos protestos organizados pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência.

“As manifestações políticas convocadas para esta sexta-feira ocorreram livremente em todo país. Houve a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações. Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente. Fatos isolados de violência também foram registrados, como os lamentáveis e graves incidentes ocorridos no Rio de Janeiro”, disse.

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