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Geddel aparece com o codinome “Babel” e Padilha, como “Fodão”. | José Cruz/Agência Brasil
Geddel aparece com o codinome “Babel” e Padilha, como “Fodão”.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República localizou, no sistema eletrônico da Odebrecht, arquivos originais com os nomes do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Os nomes dos peemedebistas estavam em uma planilha no sistema da Odebrecht que os associa aos codinomes “Fodão” e “Babel”, respectivamente, segundo reportagem da “Folha de S. Paulo” publicada neste domingo (22).

A PGR também encontrou arquivos originais com ordens de pagamentos para o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves (RN), todos do PMDB. Segundo os relatórios, eles estavam identificados por codinomes que, para serem vinculados às pessoas, dependem dos depoimentos.

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Os relatórios da Secretaria de Pesquisa e Análise, órgão técnico da PGR, foram produzidos por um perito criminal entre 27 de julho e 8 setembro deste ano, diz a reportagem, como forma de corroborar as informações já prestadas por delatadores. Todos eles – Padilha, Moreira, Cunha, Geddel e Alves – são apontados como operadores de arrecadação de recursos da Odebrecht para o PMDB. Cunha, Geddel e Alves estão presos atualmente.

Os investigadores relataram que os arquivos foram criados e modificados na época dos repasses delatados, e não há sinais de que tenham sido forjados recentemente. A “Folha de S. Paulo” pontua, porém, que os registros não comprovam que o dinheiro foi efetivamente entregue aos políticos. O material todo foi anexado aos autos da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e a cúpula do PMDB, incluindo os ministros Padilha e Moreira Franco.

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