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O delegado Igor Romário de Paula falou à imprensa juntamente com o superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco. | Tábata Viapiana/Gazeta do Povo
O delegado Igor Romário de Paula falou à imprensa juntamente com o superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco.| Foto: Tábata Viapiana/Gazeta do Povo

O coordenador da Lava Jato na Polícia Federal do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, disse nesta quinta-feira (6) que não houve interferência política na decisão de encerrar a força-tarefa exclusiva da PF dedicada à operação. Ele também afirmou que a incorporação do grupo de trabalho à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvios de Verbas Públicas(Delecor) tem o objetivo de tornar a Lava Jato permanente.

“A ideia de integrar o grupo de trabalho [do Petrolão] à delegacia é tornar a Lava Jato uma operação permanente”, disse Igor Romário. “Não teve motivação política ou qualquer tipo de interferência externa na decisão.”

O delegado também assegurou que não há falta de orçamento para a continuidade das investigações. “Não há restrição orçamentária na Lava Jato. A investigação não parou em nenhum momento por falta de dinheiro. A decisão não tem relação com orçamento. Os trabalhos seguem normalmente”. Ainda segundo Igor de Paula, o orçamento de 2017 destinado à Lava Jato seria superior ao de anos anteriores.

“O fim do grupo de trabalho é apenas uma formalidade desfeita, a operação ainda é importante e é uma prioridade dentro da Polícia Federal. A decisão de integrar a equipe da Lava Jato à Delecor tem caráter operacional.”

Igor Romário de Pauladelegado da PF e coordenador da Lava Jato na Polícia Federal do Paraná.

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A Polícia Federal do Paraná anunciou nesta quinta-feira o encerramento da força-tarefa exclusiva da Lava Jato na PF de Curitiba. Com isso, os policiais que se dedicavam apenas à operação, em tese, poderão ter que dividir as atenções com outras investigações. A Delegacia de Combate à Corrupção e Desvios de Verbas Públicas terá, a partir de agora, 70 agentes e 14 peritos criminais. São 16 delegados para conduzir procedimentos da Lava Jato - 12 em Curitiba e quatro atuando remotamente no Espírito Santo. Além da Lava Jato, a Delecor também será responsável pela Operação Carne Fraca.

Segundo a PF, a prioridade sempre será das investigações que causam maior dano ao erário. “O fim do grupo de trabalho é apenas uma formalidade desfeita, a operação ainda é importante e é uma prioridade dentro da Polícia Federal. A decisão de integrar a equipe da Lava Jato à Delecor tem caráter operacional. A perda da exclusividade não vai provocar atrasos na Lava Jato, pois não haverá aumento no volume de trabalho – pelo contrário, teremos mais delegados para receber os inquéritos”, afirmou Igor Romário.

O delgado, no entanto, admitiu que o encerramento da força-tarefa não foi unanimidade dentro da corporação. “Algumas pessoas não concordaram, mas eu precisava tomar uma decisão administrativa”, afirmou. Atualmente, cerca de 100 procedimentos estão em andamento na PF de Curitiba. Outros inquéritos poderão ser instaurados após a análise do material relacionado às delações da Odebrecht. “Ainda não temos inquéritos da Odebrecht em andamento e não sabemos o que isso vai gerar de demanda”, completou.

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