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| Foto: HENRY MILLEO/HENRY MILLEO

Agentes e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato no Paraná acreditam que a troca de comando na superintendência no estado não vai afetar o rumo da operação. A mudança é uma das primeiras ações do novo diretor-geral da instituição, Fernando Segóvia, confirmado no cargo no último dia 8. Segóvia fará a substituição do atual superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, pelo delegado Maurício Leite Valeixo, que já ocupou o mesmo posto entre 2009 e 2011.

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Fontes ouvidas pela reportagem confirmam que a troca será bem recebida em todos os escalões. Interlocutores também apontam que o juiz Sérgio Moro vê com confiança a volta de Valeixo ao estado, já que o delegado já tinha atuando em ações relacionadas ao crime organizado e lavagem de dinheiro no Paraná. O delegado deixa a diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), na qual atuou por pouco mais de dois anos, e volta ao Paraná com o desafio de comandar a equipe que finalizará uma dezena de inquéritos, entre eles os que ainda investigam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A alteração, contudo, é apenas mais uma no trabalho da PF no Paraná ao longo dos últimos meses. Desde julho deste ano, o grupo de trabalho da Lava Jato e o grupo da Operação Carne Fraca – que apura corrupção no Ministério da Agricultura -, passaram a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor).

À epoca, a PF rechaçou qualquer comentário sobre possível desmonte para minimizar as investigações da operação Lava Jato, mas a configuração não agradou a procuradores do Ministério Público Federal de Curitiba, que viram como “desmonte” a mudança. A Polícia Federal afirmou na ocasião, em nota, que “o modelo [de extinguir a força-tarefa e centralizar os trabalhos em uma outra unidade] é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios”.

O órgão negou que o remanejamento tenha qualquer motivo político ou orçamentário: “A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário [dinheiro público]”.

Origem

Valeixo nasceu em Mandaguaçu, no Paraná, e formou-se em direito pela PUCPR. Delegado da Polícia Civil do estado natal, ele fez parte do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), grupo de elite da polícia paranaense, entre 1994 e 1996.

Quando deixou Polícia Civil, o delegado entrou para a Polícia Federal por meio de concurso público. Valeixo também foi superintendente regional da PF no Paraná (de 2009 a 2011), diretor geral de Pessoal (2011 a 2012) e diretor de Inteligência Policial (2012 e 2013). Entre 2013 e 2015, ele foi adido policial em Washington, nos Estados Unidos.

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