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| Foto: Evandro Éboli/Gazeta do Povo

Após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Operação Lava Jato, a oposição aprovou a obstrução dos trabalhos na Câmara dos Deputados. O movimento é liderado pelo PT, mas conta com o apoio do PSOL, PCdoB, PDT e PSB. Juntos, os cinco partidos somam mais de 100 deputados.

A estratégia é impedir as votações em plenário durante toda a semana. “Vamos fazer obstrução total”, disse o líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP).

Além da prisão de Lula, os deputados da oposição dizem não concordar com a pauta que está no plenário, como o projeto que regulamenta o lobby. Na semana passada, o grupo já conseguiu impedir a votação das propostas na Câmara.

Em outra estratégia de protesto, deputados do PT estão pedindo à Mesa Diretora da Câmara autorização para mudarem seus sobrenomes no painel instalado no plenário. Os petistas querem incorporar o sobrenome Lula na lista que fica exposta no painel de votações.

Os parlamentares estão divulgando uma imagem do painel da Câmara dos Vereadores de São Paulo, onde os petistas incluíram “Lula” em seus sobrenomes. “Meu nome é Marco Lula Maia”, anunciou no Twitter o ex-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS).

Painel de votação da Câmara de São Paulo: alguns vereadores colocaram Lula em seus nomes. Foto: Luiz França/CMSP

A ideia de incluir o sobrenome do líder petista no painel da Câmara foi do deputado Leo de Brito (PT-AC). A Secretaria Geral da Mesa Diretora ainda não informou se os pedidos serão atendidos.

Mais cedo, o PT definiu as estratégias para a campanha a favor da liberdade de Lula. Eles definiram que a bancada vai se revezar para garantir que ao menos um deputado esteja em Curitiba a cada dia.

Os petistas também criticaram a decisão do juiz Sergio Moro, de restringir as visitas a Lula. “Isso é um absurdo. Nada humanitário. Não vamos aceitar”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-SP).

Reprodução

Vereadores petistas protestam em São Paulo

Na Câmara de São Paulo, a bancada do PT também obstruiu as votações em manifestação contra a prisão de Lula. O líder do PT na Casa, vereador Antonio Donato (PT), disse que a iniciativa será reavaliada a cada dia para as próximas sessões, e que se trata de uma orientação nacional da legenda.

“A obstrução foi uma decisão nossa, mas a orientação para que todo petista, no seu espaço, na sua tribuna, no seu microfone, possa se manifestar, é nacional. É uma obrigação de todos aqueles que estão solidários ao presidente Lula e essa é a nossa situação”, afirmou.”

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