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| Foto: Mauro Pimentel/AFP

Em meio à adesão de setores rurais à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL), o tucano Geraldo Alckmin admitiu pela primeira vez, nesta quinta-feira (17), facilitar o porte de armas no campo. “Claro que porte de arma pode ter, na área rural, até deve ser facilitado. Porque as pessoas estão mais distantes”, disse o pré-candidato a presidente pelo PSDB. “Se mora isolado, fica alvo fácil. No agro hoje, as coisas são caras, equipamentos têm valores impressionantes. Então você atrai quadrilha”, afirmou.

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Segundo sua equipe, está em estudo pelo especialista Leandro Piquet Carneiro, que coordena a área na campanha, formas de, por exemplo, regularizar o porte de pessoas que já tenham armas ilegais. “Vamos estudar tudo isso com detalhes. Não quero entrar nessa miudeza eleitoral. Precisamos verificar com seriedade. Ele [Bolsonaro] defenda lá as teses dele”, rebateu Alckmin.

Apesar da inflexão, o tucano fez ponderações à defesa do porte civil de armas encampada por diversos presidenciáveis. “Temos que tirar a arma da mão do bandido. [Armar a população] não é o caminho para você trazer segurança no campo. Precisa ter investigação, ação de inteligência”, afirmou ele, durante anúncio da sua equipe econômica, em São Paulo.

Na véspera, indagado se concordava com a proposta de Bolsonaro de liberar armas de fogo para produtores rurais, Alckmin respondeu assim: “cada produtor rural deve ter um trator para poder produzir, alimentar o povo e aumentar a produtividade”. E complementou: “é intolerável ter invasão de propriedade. Invadiu, ‘desinvade’. É imediato. Nós temos é que prender bandido, isso sim. Não é discurso, é fazer. Não é promessa, é o que efetivamente já foi feito”, disse ele, destacando redução de índices de criminalidade em São Paulo.

Alckmin anuncia equipe econômica com criadores do Plano Real

Os economistas Edmar Bacha e Persio Arida, dois dos criadores do Plano Real, formarão a equipe econômica do presidenciável Geraldo Alckmin. Na campanha, Bacha, que é um dos diretores da Casa das Garças, vai cuidar da política de comércio exterior.

Também foram anunciados os economistas José Roberto Mendonça de Barros, que foi ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1995 e 1998, e seu filho, Alexandre Mendonça de Barros. A equipe, no entanto, ainda não está fechada.

Em novembro passado, Bacha publicou, junto com Elena Landau e Luiz Roberto Cunha, uma carta criticando a atuação da bancada do PSDB no debate da reforma da Previdência. Na ocasião, eles argumentaram que não fechar questão sobre o tema era negar “todo o esforço nessa direção feito ao longo do governo FHC”.

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