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Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A Petrobras confirmou nesta quinta-feira (19) que pretende vender até 25% de sua capacidade de refino, como parte de seu plano de desinvestimentos. A ideia é transferir a empresas privadas participação em dois grandes blocos regionais, que terão refinarias, dutos e terminais.

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O modelo apresentado nesta quinta prevê a venda de uma fatia de 60% de cada um dos blocos - um deles no Nordeste e outro no Sul.

O bloco do Nordeste terá as refinarias Landulpho Alves, na Bahia, e Abreu e Lima, em Pernambuco, além de cinco terminais e 15 dutos de movimentação de petróleo e derivados.

O bloco do Sul inclui as refinarias Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, além de sete terminais e nove dutos.

As refinarias à venda representam 37% da capacidade de refino do país. Em apresentação enviada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a companhia diz que manterá ao menos 75% dessa capacidade, com controle dos ativos dos blocos São Paulo/Centro-Oeste, o maior do país, Norte e Rio/Minas Gerais.

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No documento, a empresa diz que a proposta garante ao comprador poder de precificação, captura das margens também da logística e acesso privilegiado ao mercado nacional.

O modelo está sendo apresentado na manhã desta sexta em evento no Rio, com participação de representantes do governo e do setor de petróleo.

A venda de refinarias enfrenta grande resistência de sindicatos de trabalhadores da companhia.

A Petrobras chegou a programar o lançamento dos prospectos de venda de refinarias para maio de 2017, mas recuou diante de dúvidas internas sobre o modelo.

A redução da presença da estatal no setor de refino foi tentada pela primeira vez durante o governo Fernando Henrique Cardoso, mas suspensa após forte resistência dos trabalhadores.

Em 2000, a Petrobras chegou a transferir à argentina Repsol 30% da Refinaria Alberto Pasqualini, como parte de um acordo de processo de troca de ativos. Mas em 2010 a fatia foi comprada de volta, diante da insatisfação da sócia com perdas provocadas pelo represamento nos preços.

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