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 Gazeta do Povo
| Foto: Antônio More / Arquivo / Gazeta do Povo

A Operação Lava Jato chegou à 50.ª fase. Policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, na Bahia, e Campinas e Paulínia, no interior de São Paulo.

A operação desta sexta-feira (23) foi batizada de Sothis II. Os mandados foram expedidos pelo juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba.

Segundo comunicado da Polícia Federal, as ações desta manhã estão relacionadas às investigações da 47.ª fase da Lava Jato, “que apura o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e atos de lavagem subsequentes em contratos da Transpetro”.

A Transpetro é uma subsidiária da Petrobras que atua nas operações de importação, exportação e transporte de petróleo, gás e seus derivados.

Em Salvador, a PF cumpre os mandados na casa de Ana Vilma Fonseca de Jesus, mulher do ex-gerente da Transpetro José Antônio de Jesus, que foi preso na 47.ª fase e se encontra na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Em São Paulo, os mandados têm como alvo empresas investigadas na operação.

Familiares e intermediários do ex-gerente são suspeitos de operacionalizar o recebimento de R$ 7 milhões de propinas pagas pela empresa de engenharia NM entre setembro de 2009 e março de 2014, dissimulando a origem ilícita dos recursos, por meio de depósitos em contas bancárias.

Segundo os procuradores, o ex-gerente teria pedido, inicialmente, o pagamento de 1% do valor dos contratos da NM com a Transpetro como propina, mas o acerto final ficou em 0,5%. Esse valor teria sido pago mensalmente em benefício do PT e não tinha relação com os pagamentos feitos pela mesma empresa ao PMDB a pedido da presidência da Transpetro.

Pagamento de propinas

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), um dos focos da investigação é a empresa do ramo de engenharia Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda. De acordo com o comunicado, ela é suspeita de efetuar pagamentos de propinas que totalizaram a quantia de R$ 2,325 milhões em benefício de José Antônio de Jesus.

“As provas colhidas até o momento indicam ainda que, logo após as transferências dos recursos pela Meta Manutenção, familiares de José Antônio de Jesus foram favorecidos com operações bancárias diretas da empresa vinculada ao ex-gerente da Transpetro, evidenciando que foi utilizada apenas para esconder a origem ilícita dos valores”, informou o MPF.

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