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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A Polícia Federal e a Receita Federal cumprem, na manhã desta terça-feira (15), 153 mandados judiciais em uma operação contra lavagem de dinheiro e evasão de divisas no Paraná e mais quatro estados. As empresas controladas pela organização criminosa investigada movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões de origem ilícita ente 2012 e 2016.

Veja em quais cidades do Paraná ocorre a operação

Cerca de 300 policiais federais e 45 servidores da Receita cumpriram as ordens judiciais, expedidas pela 13.ª Vara Federal de Curitiba. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 17 de prisão temporária, 53 mandados de condução coercitiva e 82 mandados de busca e apreensão. A operação ocorre nos estados do Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em 2015 e tiveram como foco um grupo criminoso composto de cinco núcleos que usavam contas bancárias de várias empresas, na maioria fantasmas, para receber vultosos valores de pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do exterior, especialmente do Paraguai.

“Trata-se de um grupo de pessoas que se especializou em fazer o dinheiro de criminosos brasileiros chegar para criminosos do Paraguai”, disse o delegado da PF Jackson Cerqueira Filho. Segundo informações do portal G1, durante a operação, a PF apreendeu cerca de R$ 400 mil em uma casa de câmbio e três carros de luxo.

O dinheiro “sujo” era creditado em contas de empresas controladas pela organização criminosa, na maioria fantasmas, e depois enviado para o exterior de duas formas: por um sistema internacional de compensação paralelo, sem registros oficiais, conhecido como “dólar-cabo”, ou então por ordens de pagamento internacionais emitidas por instituições financeiras brasileiras (duas delas já liquidadas pelo Banco Central) com base em contratos de câmbio fraudulentos.

Segundo a PF, para legalizar as operações e justificar o pagamento aos grandes fornecedores, postos de gasolina faziam contratos falsos com importadoras de fachada. “Toda a saída de dinheiro do Brasil para o exterior acima de R$ 10 mil precisa ser justificada. Para fugir disso, e até para não correr o risco de ter o dinheiro roubado caso estivesse circulando pela fronteira fisicamente, as organizações contavam com estas importadoras fantasmas”, disse o delegado.

Segundo a PF, a operação, batizada de Hammer-on, é um desdobramento das operações Sustenido e Bemol, deflagradas em 2014 e 2015 pela PF e Receita Federal em Foz do Iguaçu.

No Paraná

No Paraná, os mandados são cumpridos nas cidades de Foz do Iguaçu, Curitiba, Almirante Tamandaré, Piraquara, São José do Pinhais, Assis Chateaubriand e Renascença.

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