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Maniifestantes no funeral de Marielle Franco. | Mauro Pimnetel/AFP
Maniifestantes no funeral de Marielle Franco.| Foto: Mauro Pimnetel/AFP

A Polícia Civil investiga a possibilidade de um segundo veículo ter participado do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por um dos agentes que participam da investigação.

Imagens das câmeras de segurança próximas ao local em que ela e o motorista Anderson Pedro Gomes foram mortos trazem indícios de que um segundo veículo deu cobertura aos criminosos que estavam no carro do qual partiram os disparos.

Marielle participava de um evento direcionado a jovens mulheres negras, na Lapa, no centro do Rio. Ela percorreu cerca de quatro quilômetros até ser abordada no Estácio, também na região central.

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Todos os tiros foram disparados contra a parte traseira do carro, lado direito, onde a vereadora estava sentada. Como os vidros do veículo são escuros, a Polícia acredita que os criminosos seguiram Marielle e sabiam exatamente onde atirar.

Os investigadores da Polícia Civil trabalham com a hipótese de execução da vereadora, que havia denunciado dias antes a violência da Polícia Militar.

Marielle morrou na hora e nada foi roubado

A vereadora morreu imediatamente após ser atingida por quatro tiros na cabeça. Nada foi roubado, e os criminosos fugiram.

O motorista levou três tiros. Uma assessora que também estava no carro teve ferimentos leves. A principal hipótese dos investigadores é de crime premeditado.

Segundo a perícia, a munição utilizada no crime foi calibre 9 mm, que pode ser disparada por pistolas ou por submetralhadoras. O calibre 9 mm não pode ser vendido à população. Ele pode ser adquirido legalmente por colecionadores, atiradores esportivos e forças de segurança. Porém é comercializado com poucas restrições no Paraguai e entra no Brasil ilegalmente para abastecer o mercado negro.

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Homem morre na frente do filho de 5 anos em assalto na zona norte do Rio

Em mais um caso de extrema violência no Rio, um homem foi morto a tiros na frente de seu filho de 5 anos de idade. O crime ocorreu na noite da quinta-feira (15) durante um assalto no bairro do Cachambi, na zona norte da cidade. O caso ocorreu menos de 24h após a morte da vereadora Marielle Franco.

Um vídeo da ação dos bandidos foi divulgado no Facebook pelo aplicativo “Onde Tem Tiroteio - RJ”, que tem como objetivo informar a população sobre pontos de conflitos armados na capital fluminense. Nas imagens, o homem, identificado como Claudio Henrique Costa Pinto, de 43 anos, é abordado por assaltantes que tentavam roubar seu carro. Eles retiram Claudio e seu filho do automóvel e removem seus pertences. O motorista esboça reação.

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Nesse momento, policiais chegam e o tiroteio começa. Claudio é atingido e cai no chão. O garoto fica junto ao pai caído, no meio da rota dos tiros. O assaltante consegue fugir com o carro da vítima, uma Hilux, e o garoto corre em direção ao PM antes do final do vídeo.

A polícia não informou oficialmente quem efetuou o primeiro disparo e nem quem foi o autor do tiro que levou Claudio à morte. As imagens fazem crer que os tiros contra o motorista partiram de um dos assaltantes. A perícia irá determinar as circunstâncias da morte.

Segundo a Polícia Civil, o caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital. A perícia já foi realizada e, agora, os agentes buscam possíveis testemunhas e imagens de câmeras de segurança para identificar os assaltantes, que ainda não foram presos.

O corpo de Claudio foi encaminhado para o IML-Centro, onde já foi realizada a necropsia e entregue a declaração de óbito aos familiares para que seja feita a retirada do corpo.

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