• Carregando...
 | Geraldo Falcão/Agência Petrobras
| Foto: Geraldo Falcão/Agência Petrobras

O amadurecimento da produção de petróleo no pré-sal tornou o Brasil o maior produtor da América Latina, à frente de México e Venezuela, países onde a produção está em queda. Isso se reflete em arrecadação de tributos, investimentos e emprego. Apenas de royalties, a União, estados e municípios já receberam R$ 4,7 bilhões neste ano, até abril, e R$ 3,6 bilhões de participações especiais.

Dados do Anuário Estatístico 2017 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis (ANP) mostram que os países produtores da Opep – o grupo com os maiores produtores de petróleo no mundo – registraram alta média de 3,2% na produção de petróleo em 2016, mesmo crescimento alcançado pelo Brasil.

Pelo menos no quesito “produção de petróleo”, podemos comparar o Brasil à Noruega. A produção brasileira cresceu mais em 2016 do que a do país nórdico, que é referência no assunto.

A expansão brasileira no setor também deixou para trás outros países do continente. A Venezuela, que enfrenta uma grave crise política, está reduzindo sua produção, com queda de 8,9% no ano passado. Já a produção de outro grande produtor latino, o México, caiu 5% no ano passado.

A produção petroleira no Brasil chegou a 2,6 milhões de barris/dia, contra 2,4 milhões do México e da Venezuela. Os Estados Unidos foram o maior produtor mundial de petróleo em 2016, com volume médio de 12,4 milhões de barris/dia (13,4% do total mundial). O Brasil ficou na nona posição.

“Entre os países que não fazem parte da Opep, o Brasil foi o responsável pelo maior crescimento da produção (3,2%), equivalente a 80 mil barris/dia. Outros países que registraram aumento foram Noruega (2,4%) e Omã (2,4%)”, aponta a ANP.

Pré–sal capitaneia crescimento da produção brasileira

A agência destaca que o pré-sal ajudou a trazer esse crescimento, com média de um milhão de barris/dia em 2016, pouco menos da metade do total produzido pelo Brasil no ano passado.

Também há muito gás natural no pré-sal. A ANP aponta que o crescimento de 7,9% apurado em 2016 deve fazer aumentar o interesse das empresas petroleiras na próxima rodada de leilões do pré-sal, que devem acontecer neste ano e nos próximos.

Com mais petróleo produzido no país, a necessidade de importação caiu e a quantidade exportada aumentou e bateu recorde. Segundo a ANP, o Brasil reduziu em 45% a necessidade de importação de óleo e as exportações bateram recorde com 798,2 mil barris/dia, aumento anual de 8,3%.

A arrecadação de royalties e participações especiais do petróleo (tanto do pré-sal como do pós-sal) foi de R$ 17,7 bilhões em 2016, sendo R$ 11,8 bilhões em royalties e R$ 5,9 bilhões em participação especial.

Nova política visa acelerar produção no país

O crescimento da produção petroleira tem sido perseguida pelo governo federal, que vem modernizando marcos do setor. Neste mês, o Ministério de Minas e Energia lançou a nova política de exploração e produção do setor, que tem como um dos principais objetivos acelerar a produção do combustível fóssil e do gás natural nessa reta final da era do petróleo. O texto foi construído sob a batuta do secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, Márcio Félix.

A estratégia é permitir o planejamento das rodadas de leilão, para que as empresas possam estudar e participar dos investimentos. A diversificação – levando a leilão áreas maduras e em áreas novas, em mar e terra, pré-sal e pós-sal, de pequeno e grande porte – também será valorizada. Serão apresentadas propostas de calendários de cinco anos para leilões de petróleo, define a polícia, o que dará previsibilidade aos investidores.

Para este ano já está oficializada a realização da 2ª rodada de licitação de blocos na área do pré-sal. O bônus de assinatura a ser pago pelos vencedores do leilão é de R$ 3,4 bilhões.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]