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 | Valter Campanato/Agência Brasil/Fotos Públicas
| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Fotos Públicas

A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, trocou o principal procurador que irá comandar Operação Lava Jato. A partir de agora, José Alfredo de Paula Silva é o coordenador dos trabalhos da força-tarefa que cuida do assunto no Ministério Público Federal (MPF). O procurador tem no currículo atuação em duas importantes investigações: mensalão do PT e Zelotes.

O novo coordenador da Lava Jato é um dos membros do MPF próximos a Dodge e atuou na ação penal 470, o mensalão do PT, ao lado do ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel. O caso foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outra operação importante que integrou o grupo de trabalho foi a Zelotes, que apura a venda de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para beneficiar empresas com dívidas pendentes com o governo. 

Ele também auxiliou nas apurações do mensalão mineiro, escândalo dos Correios, desvios da Universidade de Brasília (UnB) e na greve de policiais militares do estado da Bahia em 2014.

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Até a nomeação para chefiar o grupo de trabalho da Lava Jato, Silva coordenava a área cível da Procuradoria Regional da República da 1.ª Região, que cuida do Distrito Federal e mais 13 estados. O grupo atua na investigação de crimes de licitação, de corrupção, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa praticados por prefeitos e outros agentes públicos. 

Já atuou como procurador regional eleitoral na Bahia. E foi defensor público da União, além de coordenar a área de inteligência do MPF. Foi ainda coordenador criminal e do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial da Procuradoria Regional da Bahia. Também ministrou palestras em diversos eventos da Escola Superior do Ministério Público da União sobre as áreas criminal e de improbidade administrativa. 

Nova força-tarefa em Brasília

A equipe da Lava Jato também apresenta mudanças e integrar os colegas de investigação não deve ser tarefa difícil para Silva. Ele trabalhou com os procuradores nomeados por Dodge em diversas apurações do MP e os novos membros da força-tarefa já têm experiência em operações que apuram desmandos de corrupção. Passaram a integrar a operação na capital federal: Herbert Mesquita, Luana Vargas, Raquel Branquinho e José Ricardo Teixeira. 

Raquel Branquinho, que foi nomeada por Dodge para ocupar a Secretaria da Função Penal Originária junto ao STF, foi colega de trabalho no MPF de Silva nas investigações da Zelotes. Mesquita também fazia parte desta força-tarefa.

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Luana faz parte do grupo que atua na Greenfield, que investiga desvios de recursos públicos de quatro dos maiores fundos de pensão de estatais. Ambos com experiência na área criminal. Ela inclusive atuou na Operação Cui Bono, um desdobramento da Greenfield, que culminou na revelação de R$ 51 milhões em espécie escondidos em um “bunker” que funcionava em um apartamento ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, hoje preso.

A força-tarefa também contará com a ajuda de Maria Clara Barros Noleto e Pedro Jorge do Nascimento Costa, que compunham o antigo grupo nomeado por Rodrigo Janot, que deixou o comando da PGR no domingo (17).

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