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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A sucessão de crises que atinge o governo fez praticamente mandar para as calendas a reforma da Previdência. Ninguém sabe, ninguém viu onde foi parar. A necessidade de sua aprovação estava na ponta da língua dos líderes governistas. Não está mais. Nem talvez o mais governista deles, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), toca no assunto. A não ser que seja perguntado, como foi pela Gazeta do Povo.

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“Defendi não ficar aguardando essa denúncia do Janot (contra o presidente Michel Temer) e avançarmos na Previdência. Agora, esse [denúncia] passa a ser o assunto principal da Casa” - disse Marun, que reconheceu que o destino de Temer vai tomar conta do Congresso nas próximas semanas.

“Essa ‘Operação Tabajara’, que tem o objetivo de derrubar o presidente, vai continuar mais um tempo aí, atrapalhando o país” - completou o fiel aliado de Temer.

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Quando a dimensão da crise no governo num tom abaixo, o Palácio do Planalto e o que restou de sua base falavam em assegurar ao menos a aprovação da garantia da idade mínima para se aposentar. A ideia não vingou, não prosperou.

O deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), que foi ministro da Previdência nos governos de Fernando Collor e de Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o “timing” para se aprovar uma reforma da Previdência nunca está perdido, porque ela é sempre necessária. Mas afirmou que não há ambiente político para ser aprovada.

“Sempre existe timing para votar um assunto cujo tempo já passou há muito tempo. Só que, se colocar para votar agora neste semestre, não tem condição de passar. É preciso acalmar um pouco, se é que é possível acalmar o ambiente político, e buscar os votos”, disse Stephanes.

O parlamentar é contra votar o texto fatiado, aprovando alguns trechos de consenso e deixando o resto de fora.

“Se tem que fazer, tem que fazer. Já se abriram concessões o suficiente para fazer outra reforma já no próximo governo. Uma adicional. Repete aquela história de 98. Aquela, de 94 a 98, foi tão fatiada que aí em 2003 e depois em 2012, tiveram que fazer outra. Essa agora, no fundo, ainda é consequência por não ter feito aquela lá atrás”, afirmou o deputado.

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