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| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

O ex-deputado federal Cândido Vaccarezza pediu nesta sexta-feira (1) que o juiz federal Sergio Moro reconsidere o valor estipulado para pagamento de fiança e desbloqueie os valores apreendidos durante a deflagração da Operação Abate – uma das fases da Lava Jato em Curitiba. Após colocar Vaccarezza em liberdade, Moro determinou o pagamento de R$ 1,5 milhão em fiança pelo político.

O ex-parlamentar alegou dificuldades financeiras e problemas de saúde para tentar diminuir o valor estipulado pelo magistrado. Segundo a defesa, Vaccarezza não exerce mais mandato eletivo e sua fonte de rendimentos é o salário de R$ 5,2 mil em função da sua atuação como “analista de saúde – médico nível III – saúde pública” na Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Segundo o advogado de Vaccarezza, “para conseguir manter ao menos sua condição de moradia, teve que refinanciar seu único imóvel”.

O ex-deputado acrescenta ainda que, por causa da apreensão do dinheiro encontrado em sua casa na deflagração da Operação Abate, vai ter dificuldades para custear o tratamento de saúde ao qual está submetido. O ex-parlamentar está com suspeita de câncer de próstata.

A defesa pede que Moro devolva a Vaccarezza os valores em espécie apreendidos, ou defira a liberação de R$ 50 mil em favor de José Guilherme de Andrade, a quem o político deve parte do pagamento de seu tratamento de saúde. Além disso, pede que a fiança de R$ 1,5 milhão seja reduzida para, no máximo, R$ 886,4 mil ou que a fiança em dinheiro seja substituída por um imóvel do ex-deputado.

Vaccarezza foi preso temporariamente pela Polícia Federal no dia 18 de agosto e liberado por Moro no dia 22. Ele foi líder do PT na Câmara durante os governos Lula e Dilma. Em 2014 não conseguiu a reeleição e em 2016 saiu do PT e se filiou ao PTdoB. Ele foi citado nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O ex-deputado é acusado de atuar na indicação política para cargos na Petrobras.

Segundo os investigadores, o ex-deputado atuou para a contratação da empresa Sargeant Marine para fornecimento de asfalto para a Petrobras. Foram firmados 12 contratos entre 2010 e 2013, com o valor total de US$ 180 milhões. Ele também teria participado de um esquema de fornecimento de informações confidenciais da Petrobras para a empresa Quimbra.

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