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| Foto: J Batista/Camara Federal/J Batista/Camara Federal

No dia seguinte à apresentação da denúncia criminal contra o presidente da República, só o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) saiu em defesa de Michel Temer na sessão desta terça-feira (27) da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

A CCJ é a comissão que irá analisar a denúncia e dar um parecer ao plenário da Casa - caso pelo menos 342 dos 513 deputados se manifestem nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal estará autorizado a abrir ação contra Temer, que, em consequência, será afastado do cargo.

Após uma série de manifestações da oposição contra Temer e a favor da sua saída do cargo, na sessão da CCJ, Maluf pediu um aparte ao discurso do petista Valmir Prascidelli (SP), que reforçava a defesa da queda do governo.

Maluf, que é ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, afirmou que os deputados deveriam deixar o governo trabalhar, ignorar a impopularidade de Temer e se pautar pela Constituição

“Na hora que os nossos votos forem orientados pelo Datafolha e pelo Ibope temos que rasgar a Constituição e trazer o pessoal do Datafolha e do Ibope pra cá para orientar nossas atitudes”, disse o deputado. O Datafolha mostrou que hoje a aprovação de Temer é de apenas 7%, a menor em 28 anos.

Maluf foi alvo recente de duas condenações. Uma pelo Supremo Tribunal Federal por lavagem de dinheiro em decorrência de dinheiro desviado da construção da avenida Água Espraiada (atualmente chamada de avenida Roberto Marinho) enquanto era prefeito de São Paulo (1993-1996). Outra, pela Justiça da França, que manteve condenação também por lavagem de dinheiro.

A defesa do deputado nega as acusações e diz que haverá recursos.

Ao terminar a fala, Maluf se irritou ainda com uma nova manifestação de Prascidelli e lembrou que recebeu Luiz Inácio Lula da Silva em sua casa quando o petista buscava seu apoio à candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, em 2012.

“Você é do partido dele, mas ele nunca foi almoçar na sua casa. Na minha foi. Meus acordos políticos não são feitos no porão da igreja, mas no altar”, disse.

O oposicionista Chico Alencar (PSOL-RJ), emendou: “Nem nos porões do Jaburu”.

A referência é ao encontro entre Temer e Joesley Batista no porão do Palácio do Jaburu, ocasião em que o empresário gravou o presidente da República.

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