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Presidente da República, Jair Bolsonaro durante 12ª Reunião do Conselho de Governo.
Presidente da República, Jair Bolsonaro durante 12ª Reunião do Conselho de Governo.| Foto: Marcos Corrêa/PR

Pela primeira vez e às vésperas da manifestação de grupos apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL), a avaliação negativa sobre o governo ficou numericamente à frente da opinião positiva. O grupo de entrevistados que classifica a atuação do governo como ruim ou péssima subiu cinco pontos percentuais e alcançou 36%, enquanto os que avaliam a atual administração como ótima ou boa oscilou um ponto percentual para baixo e ficou em 34%. Considerando a margem de erro de 3,2 pontos percentuais, as duas avaliações estão empatadas tecnicamente.

A XP avalia que, considerando a redução observada entre os entrevistados que avaliam o governo como regular, “é provável que pessoas desse grupo [regular] tenham migrado para uma opinião negativa sobre o governo”. Segundo a pesquisa, 26% dos entrevistados avaliaram o governo como regular, ante 31% do levantamento anterior.

A pesquisa começou a medir a avaliação das pessoas sobre o governo Bolsonaro em janeiro, dando as três opções: ruim ou péssimo; regular; bom ou ótimo. Já foram divulgados seis resultados. Normalmente, a pesquisa é feita no início de cada mês mas, desta vez, devido às manifestações, a XP/Ipespe fez uma rodada nesta terceira semana de maio, além da feita na primeira semana do mês.

Expectativa para o restante do mandato

O levantamento mediu ainda a expectativa para o restante do mandato do governo Bolsonaro. 47% dos entrevistados classificaram como ótima ou boa, valor que representou uma queda de quatro pontos percentuais frente à pesquisa imediatamente anterior (início de maio). Já o percentual que esperam um governo ruim e péssimo passou de 27% para 31%. A expectativa regular se manteve no mesmo patamar, em 17%. O restante (5%) não soube ou não respondeu.

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Sobre as manifestações que aconteceram em 15 de maio contra o governo, mais especificamente contra o bloqueio de verba nas universidades, 57% responderam que tiveram importância, 38% que não tiveram relevância e 5% não souberam ou não responderam.

Já sobre a probabilidade de manifestações se repetirem, 86% acreditam que elas vão voltar a acontecer, contra 11% que acham que elas não vão mais acontecer. A pergunta, da forma que foi feita, não deixa claro se está falando de manifestações contrárias ou favoráveis ao governo, apesar de dar a entender que questionava sobre protestos contra. A questão foi feita logo após a pergunta sobre as manifestações do dia 15 de maio.

Agenda do governo no Congresso

Os entrevistados também tiveram que, pela primeira vez, avaliar o andamento da agenda do governo no Congresso. Apenas 4% dos entrevistados avaliam como satisfatória, enquanto 35% afirmam que a agenda tem prosseguido lentamente por culpa do governo e do Congresso. Outros 30% creditam o ritmo lento a entraves feitos pelo próprio Congresso e 20% culpam só o governo Bolsonaro pela lentidão.

Apesar de avaliarem o andamento da agenda como lento, 70% defendem a manutenção do atual sistema de presidencialismo. Somente 18% concordam com a mudança para o parlamentarismo.

Metodologia

A pesquisa extraordinária da XP/Ipespe foi feita por telefone nos dias 20 e 21 de maio com mil entrevistados que representam a população de eleitores do Brasil. A margem de erro é 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa imediatamente anterior foi feita no início de maio.

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