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Olha o meu patriotismo aqui, ó! Olha o meu patriotismo aqui, ó!

Não há um único responsável pela grave e crescente crise econômica brasileira, e o PT como um todo tem culpa no cartório. Mas a presidente Dilma merece destaque especial, assim como seu antecessor Lula. Foi ela quem insistiu na Nova Matriz Macroeconômica, no neo-desenvolvimentismo nacionalista, a despeito de todas as críticas dos economistas sérios. Foi ela quem delegou cada vez mais poder a Aloizio Mercante e, com isso, conseguiu rachar de vez a base política do governo.

Dilma tem um perfil arrogante, autoritário, centralizador. Ignorância é não saber de algo, mas estupidez é não admitir a própria ignorância. Um líder ignorante ainda tem salvação, se souber se cercar de pessoas melhores. Um líder estúpido colocará apenas pessoas igualmente medíocres ao seu lado, bajuladores, e concentrará o poder de forma a simular uma sabedoria que não tem.

O problema é que os outros pagam o pato. O Brasil de hoje tem uma inflação de quase 10%, um desemprego crescente que rapidamente atingirá os dois dígitos, e uma atividade em queda que pode chegar a 3% este ano. Em meio a isso tudo, Dilma ainda manda para o Congresso um orçamento com um déficit previsto de R$ 30 bilhões, achando que vai colocar a faca no pescoço dos deputados para que aumentem impostos, como ela, em sua estreiteza intelectual e sanha arrecadatória, quer.

Ledo engano. Não entende como funciona o Congresso, pois jamais foi eleita para cargo algum antes de ser alçada à presidência pelo seu criador Lula, no auge de sua popularidade resultante do crescimento chinês e da fartura de crédito insustentável. Dilma quer sobreviver até 2018, não deseja carregar no currículo um impeachment. Mesmo que para isso afunde de vez o Brasil.

E é isso que mais espanta: essa insensibilidade patriótica da presidente. Qualquer pessoa com um pingo de empatia pelo povo brasileiro, que realmente se importasse com os pobres, perceberia que sua renúncia é a única alternativa de curto prazo para dar alguma esperança de melhora à frente. Uma pessoa sensível, com dignidade, já teria notado que seus interesses mesquinhos, que sua vaidade, não podem ficar acima da miséria alheia.

Pessoas estão sofrendo de verdade, com o desemprego aumentando, com a inflação corroendo boa parte do salário, com o clima de desesperança. Dilma, como disse, não é a única culpada; ela compartilha essa responsabilidade com seus companheiros de partido e com seus eleitores. Mas ela é, sem dúvida, o maior ícone desse fracasso, que agora pune de maneira desproporcional os mais pobres. Será que ela não se importa mesmo com eles? Não liga a mínima para as crianças que pagam um alto preço por seus infindáveis erros?

Qualquer pessoa que não seja ingênua já sabe que a esquerda, especialmente o PT, gosta de falar em nome dos pobres, do povo, mas que, na prática, faz o “diabo” pelos seus próprios interesses. Mas mesmo ciente disso vem o espanto. Essa turma deveria encontrar algum limite, aquele que separa uma pessoa normal de um sociopata. Vejamos, por exemplo, o caso do camarada petista Nicolás Maduro: ali claramente não houve limite algum. Seu freio moral foi nulo, e por isso ele jogou seu país no caos total, numa guerra civil iminente.

Apegar-se ao poder dessa forma, sem dar a mínima para o sofrimento do povo, é sem dúvida uma doença mental, um desvio de caráter para dizer o mínimo. Dilma vai mesmo seguir na mesma linha? Vai agir de forma tão cruel com a nação? Não haveria resquício algum de dignidade e de sensibilidade naquele “coração valente”? Nunca espero nada muito decente vindo dessa esquerda retrógrada. Mas confesso: ainda assim fico surpreso com sua insensibilidade patriótica.

Rodrigo Constantino

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