O PT – e isso inclui a mais alta cúpula e também a presidente Dilma -, costuma chamar de “malfeitos” os atos de corrupção de seus aliados, e preferiu ignorar o próprio estatuto para não ter de expulsar do partido companheiros já devidamente julgados, condenados e até presos. Ao contrário: o presidente do PT, Rui Falcão, participou de desagravo aos camaradas presos, preferindo condenar… o STF!
Por essas e outras há um enorme espaço para marcar a diferença no campo da ética. É o que Aécio Neves vem tentando fazer, ao mesmo tempo que resolveu subir o tom contra o governo. O provável candidato tucano não fez rodeios: “Se alguém do PSDB tiver feito algo errado, que vá para a cadeia também”. O tucano disse:
Eu vou falar muito de ética. Muito. Se alguém do PSDB tiver feito algo errado, se recebeu propina, que vá para a cadeia também. Se alguém cometeu erros, isso não tira um milímetro da minha autoridade para falar de ética. Governei um estado por oito anos e tenho 30 anos de vida pública.
Além disso, fez questão de deixar claro que não será candidato de “meia mudança”. Disse: “Vamos ser a mudança de verdade e segura para o Brasil. Não somos meia mudança. Quem quiser meia mudança talvez não fique conosco”. Há controvérsias. Como liberal, sabendo que o PSDB é social-democrata, defende cotas raciais, esmolas estatais e sequer tem coragem de pregar a privatização da Petrobras, acho pouco provável termos mudanças tão radicais assim.
Mas folgo em saber que Aécio se deu conta de que há grande demanda reprimida por mudanças, verdadeiras mudanças. E que a bandeira da ética é fundamental na campanha de 2014. As pessoas decentes não aguentam mais o PT!
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