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As estranhas prioridades de nossa imprensa seletiva
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Lula foi presidente do país por oito anos, seguido de Dilma Rousseff por mais cinco. Nesses mais de 13 anos, a língua portuguesa nunca foi tão massacrada, estuprada por gente do alto escalão do governo, a começar pela presidência, claro. O grau de agressão linguística era sem precedentes.

Mas expor esse analfabetismo todo era “preconceito”, afinal, o PT era o representante do “povo”, e não podemos cobrar o uso correto da linguagem daqueles que representam o povo. Ao contrário: temos é que aprender com eles, como nos ensinou Paulo Freire.

Agora que o PT não está mais no poder, a imprensa já pode voltar a atacar os erros de linguagem no governo. O ministro da Educação, Mendonça Filho, foi alvo de um ataque desses por conta de um deslize:

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Imagina se esse tipo de coisa fosse virar manchete na era lulopetista. Seria uma manchete por minuto! Mas sabemos que a esquerda goza de um salvo-conduto para tudo, e que os jornalistas gostam mesmo é de caçar erros nos outros, sempre protegendo os “seus”.

É o caso de João Doria. O prefeito, eleito no primeiro turno e gozando de elevada aprovação, precisa ser atacado, pois representa a ala nova da direita dentro do PSDB de centro-esquerda. Doria chegou impondo um ritmo intenso de trabalho, fazendo vistorias surpresas, combatendo vagabundos pichadores e anunciando um vasto programa de privatizações. É claro que seria alvo predileto dos jornalistas de esquerda.

Mas como atacá-lo? Já sei! Encontrem aí algum deslize qualquer que damos manchete… e aconteceu. O prefeito gravou um vídeo às 5:30 da madrugada, já trabalhando, para mais uma inspeção surpresa, e a Folha prefere dar destaque… para a ausência de cinto de segurança do prefeito no banco do carona! Vejam:

Agora vejam o curto vídeo, e digam se essa falta do cinto é mesmo a coisa mais relevante aqui:

Nem digo que os jornalistas estão errados em apontar tais falhas. Claro que não estão! É o papel da imprensa mesmo, encher o saco de governantes, apontar para quaisquer deslizes. O ponto é outro. É o duplo padrão, a seletividade, a obsessão em atacar quando o governante não é ícone da esquerda jurássica, e de poupar, blindar os esquerdistas radicais. São as prioridades estranhas que chamam a atenção e fazem essa grande imprensa perder credibilidade.

É o mesmo que ocorre no caso Trump. Claro que o homem comete várias gafes e deve ser atacado por isso. Mas a mesma imprensa que sempre fez vista grossa para os inúmeros erros de Obama, agora parece ter despertado com tudo e resolvido trabalhar intensamente para expor Trump. Vocês acham que o público não percebe o viés escancarado?

Rodrigo Constantino

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