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Como resolver a briga entre esquerda e direita
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Por Leandro Ruschel

Quando Obama era presidente, ele se queixava de não ser respeitado pela direita.

Trump faz a mesma queixa em relação a esquerda, a diferença é que a máquina da esquerda é no mínimo 100 vezes maior, encampando quase toda a imprensa,o meio universitário, o funcionalismo público, os sindicatos, associações, ONG’s e os artistas.

Não há na história americana qualquer paralelo com o nível de ataque sofrido por um presidente que mal começou o seu mandato.

Há um problema fundamental na estrutura política moderna: a luta entre duas visões de mundo inconciliáveis.

Aproximadamente 50% da população tem uma visão mais socialista, outros 50% tem uma visão mais conservadora. Pelo menos essa é a fotografia. Muita gente é esquerdista depois de décadas de lavagem cerebral e talvez nem perceba isso. O conservadorismo é baseado nas leis naturais e por isso sempre representou a maioria da população em condições normais de temperatura e pressão.

Mas o ciclo histórico demonstra como a prosperidade gerada pelos valores conservadores alimenta as visões alternativas impostas por uma minoria organizada e usualmente mal-intencionada.

Os Pais Fundadores criaram uma solução quase perfeita para o conflito: a desconcentração do poder. Numa verdadeira Federação, com gigantesca autonomia entre os estados, há a possibilidade de você viver sob um modelo que está alinhado com as suas crenças.

Por exemplo, se você é socialista, pode morar na Califórnia. Se é mais conservador, pode morar no Texas. Hoje a diferença é pequena porque não há autonomia para os entes federativos como havia no passado, impedindo essa escolha pessoal.

No Brasil o quadro é ainda pior, com autonomia quase nula entre os estados. Imaginem o que aconteceria se a maior parte do imposto gerado num estado ficasse nesse estado. São Paulo seria a Alemanha brasileira e o nordeste teria que expurgar o coronelismo político para sobreviver.

A questão é que o socialismo não sobrevive sem o dinheiro dos outros. A tara de qualquer socialista é a concentração absoluta do poder, para que ele possa fazer a “justiça social”, ou pelo menos essa é a desculpa para que ele possa ter nas suas mãos todo o dinheiro e o poder de uma nação.

Trump parece ter entendido isso, sugerindo em diversas oportunidades que defende o federalismo e os princípios fundadores dos EUA. Se ele fosse um ditador, como sugere a esquerda, por que ele defende um modelo que diminui o seu poder?

Ao invés de brigarmos até o final dos tempos tentando impor um modelo de sociedade a todos, por que não aceitamos as diferenças, acabando com a centralização de poder e dando mais autonomia para cidades e estados? Além de aumentar a liberdade, tal medida seria um golpe quase fatal na corrupção.

Quem mama direta ou indiretamente nas tetas de um Estado gordo e ineficiente odeia a proposta! Outros que sonham em ser a vanguarda revolucionária da humanidade também.

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