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Da inferioridade dos boçais. Ou: Cultura não é raça e comportamento não é genética!
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O Brasil cansa. Há muito analfabetismo funcional e muita, mas muita má-fé de alguns. Meu primeiro texto sobre os tais “rolezinhos” colocou a esquerda em polvorosa. Justiça seja feita, até alguns “liberais” ficaram horrorizados. O motivo? Esse trecho:

Não toleram as “patricinhas” e os “mauricinhos”, a riqueza alheia, a civilização mais educada. Não aceitam conviver com as diferenças, tolerar que há locais mais refinados que demandam comportamento mais discreto, ao contrário de um baile funk. São bárbaros incapazes de reconhecer a própria inferioridade, e morrem de inveja da civilização.

Alguns querem que eu seja processado. Outros, que eu vá preso. Um chegou a me ameaçar de morte. E vários apelaram para o argumentum ad hitlerum, conhecido nas redes sociais: faltam argumentos? Diga que o sujeito é nazista e parece um Hitler.

Hitler, o nacional-socialista? O mesmo que detestava o liberalismo e o capitalismo? Esse Hitler? Aquele que achava que os arianos eram superiores geneticamente? Como eu disse, cansa. Mas é preciso colocar os pontos nos “is”, para efeito pedagógico.

Quando se fala em cultura superior, isso não tem nada a ver com nazismo, que defendia uma superioridade racial, ou seja, genética. Culturas evoluem, mudam, avançam, regridem. Tem ligação com os costumes, os hábitos, as normas, o estoque de conhecimento, as crenças de um povo.

Acusar de “etnocentrismo” quem apenas reconhece que há culturas que evoluíram mais é artimanha de relativista cultural. Então a cultura ocidental não garante mais liberdade e direitos para as minorias, para mulheres e gays, por exemplo? E isso não é um avanço em relação ao Irã? O que Hitler tem a ver com tal constatação?

Voltando ao trecho em destaque, que despertou a fúria dos boçais: eu não disse que todo funkeiro é um sujeito inferior. Precisam melhorar muito a interpretação de texto (malditas escolas públicas sucateadas pelos governos!). O que eu disse, veja bem, é que quem faz “rolezinho” achando que um shopping center é um baile funk demonstra inveja dos outros e um comportamento bárbaro, pouco civilizado, desrespeitoso. Entenderam a diferença?

O sujeito pode adorar baile funk, no local adequado para baile funk. E depois pode ir ao shopping com a família, fazer compras, passear, lanchar, ir ao cinema, sempre com um comportamento civilizado, pertinente. Esse não foi alvo de minha crítica em momento algum.

Sei que explico o óbvio para pessoas razoáveis, e peço desculpas por isso. Mas é que tem muita gente por aí que, ou não compreende o que lê, ou é tão cega ideologicamente falando que precisa agredir e ofender aquele que diz certas obviedades ululantes.

Portanto, repito: o comportamento de algumas pessoas denota clara barbárie, falta de apreço pela civilização, pelo respeito aos demais, às regras e normas da sociedade, aos preceitos básicos de uma boa educação, que não depende de renda. Ficou claro agora? Ou vão continuar tentando me intimidar como faria um típico nazista?

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