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Delação de Marcelo Odebrecht pode colocar modelo político em xeque, e isso é bom!
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Está fechado o acordo entre Marcelo Odebrecht e os procuradores da Operação Lava-Jato para que o empreiteiro possa fazer sua delação premiada, informou ao GLOBO uma pessoa vinculada às investigações. Também já foram fechados os acordos de delação de mais de 50 executivos e funcionários da maior empreiteira do país. Outros acordos ainda estão pendentes de acertos finais entre investigadores e investigados. Após oito meses de negociações, será a maior série de acordos de delação já firmada no país. 

Segundo uma fonte, os acordos, incluindo o do o ex-presidente da Odebrecht, estão um tom abaixo da expectativa dos procuradores, mas ainda assim, são abrangentes. Para pessoas com acesso à investigação, as acusações atingem “de forma democrática” líderes de todos os grandes partidos que estão no governo ou na oposição. No caixa dois da Odebrecht não havia distinção partidária ou ideológica, diz essa fonte. A regra era exercer o pragmatismo na guerra pelos melhores contratos com a administração pública.

— Não vai ser o fim do mundo, mas são informações suficientes para colocar o sistema político em xeque — resume um dos envolvidos nas tratativas entre investigados, advogados e força-tarefa.

Em outra reportagem, temos:

A Polícia Federal suspeita que o codinome “Amigo” presente nas planilhas encontradas na Odebrecht é relacionado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a instituição, o codinome “Amigo” aparece como beneficiário de R$ 8 milhões debitados do saldo do que chamou de “conta-corrente da propina” da empreiteira com o PT, a planilha da conta Italiano. O codinome aparece ainda na planilha da conta Paulistinha, que listava remessas em dinheiro feitas pela empreiteira em São Paulo, com a “saída” de R$ 300 mil em 30 de outubro de 2014.

Finalmente Marcelo Odebrecht resolveu abrir a boca, ainda que parcialmente. Já são um ano e três meses preso, e mesmo assim o “empresário” se mostrava firme no silêncio. Quando a maior empresa no maior esquema de corrupção de nossa história resolve dar mais transparência aos laços podres da política, o Brasil melhora. Fim do mundo é continuar com essa podridão toda. Desinfetar um pouco nossa política é higiene.

O Brasil chegou a um patamar de corrupção tão absurdo na era lulopetista que precisa de um “boot” mesmo na máquina, zerar a pedra, recomeçar do zero. Deu bug no modelo antigo. Quem tenta jogar com o medo, como se a Operação Lava-Jato fosse uma ameaça ao país, está do lado errado da história. É o famoso “pior que está não fica”.

Quando uma empresa controla tantos políticos, concentra tanto poder, e um “partido” político dá as cartas do outro lado, isso é muito parecido com a definição de fascismo, não é mesmo? Se lembrarmos do poder sindical nessa bagunça toda, aí é fascismo na veia!

Mas não pensem que a solução é aquela proposta pela esquerda, como financiamento público de campanha e ataque aos empresários corruptores, em vez de aos políticos corruptos. O problema é a simbiose entre estado e grandes empresas, assim como o prêmio elevado para quem captura os políticos, ou seja, o escopo exagerado do governo. O problema, em suma, é justamente o modelo estatizante pregado pela esquerda!

Sim, é a esquerda que alimenta o fascismo, ao contrário do que “pensam” os esquerdistas. Foi no governo petista de esquerda que a Odebrecht alcançou o ápice de seu comando. O “amigo” era um ex-metalúrgico ligado aos sindicatos. Foi o lulopetismo que fomentou o fascismo brasileiro, e a resposta é reduzir o estado, acabar com o imposto sindical, investir no fim da impunidade.

Por isso Sergio Moro tem o apoio da população, e a Lava-Jato não é parte do problema, e sim da solução. Colocar esse modelo político em xeque é saudável, pois se trata de um modelo nefasto. Do outro lado estão os velhos caciques políticos, as raposas dos partidos grandes, até ex-presidentes que lamentam uma eventual prisão de Lula. É porque querem de alguma forma preservar esse sistema que lhes favorece.

Estão preocupados com a “onda conservadora” que tem ganhado força no Brasil. E deveriam mesmo! Essa onda conservadora veio para limitar o poder estatal, para restaurar a ordem e resgatar os valores morais, para combater o fascismo – de esquerda ou de direita, para colocar o foco no indivíduo, não no governo. E isso assusta muito todos aqueles que dependem do estado para sobreviver, para enriquecer.

Do lado empresarial, a Odebrecht representa o que há de pior. Do lado político, o PT representa o que há de pior. Juntos, ambos criaram um modelo fascista, com o apoio dos sindicatos e negligência dos demais partidos políticos. Todos esses são alvos da Lava-Jato agora, e também da população brasileira trabalhadora, honesta. Em frente, portanto, pois há muito ainda que desinfetar nesse modelo putrefato…

Rodrigo Constantino

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