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Demétrio Magnoli contra o lulismo e a imprensa chapa-branca
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Em sua coluna de hoje na Folha, o sociólogo Demétrio Magnoli lista 7 desejos para 2014. Destaco três deles aqui:

Serra colou sua foto à de Lula na campanha presidencial de 2010 e tentou colar em todo o PT o rótulo infamante de quadrilha de corruptos nas eleições municipais de 2012. Que Aécio aprenda com tais precedentes a lição do que não se deve fazer. Oposição se faz com o bisturi afiado da crítica e com a bússola apontada para um rumo de mudança. Que o tucano combine radicalidade (de fundo) e civilidade (de forma).

Perfeito! Aquela imagem de Serra ao lado de Lula foi um erro absurdo, assim como Alckmin havia escorregado feio nas eleições anteriores ao virar outdoor ambulenta de marcas de estatais. Os tucanos precisam aprender, de uma vez por todas, que não têm como competir com o PT em populismo e demagogia, que nessa seara Lula será sempre imbatível.

O PSDB não deve tentar se mostrar mais “popular” ou “social” do que o PT, e sim mais eficiente, ético e democrático, características que o PT, definitivamente, não possui. Aqueles 20 ou 30% que sempre votam no PT porque são ignorantes demais ou porque só querem esmolas estatais não vão votar no PSDB porque seu discurso está mais populista. Esquece!

Franklin Roosevelt governou por 12 anos, entre 1933 e 1945. Depois, para reforçar o princípio da alternância no poder, uma emenda constitucional impôs a regra de uma reeleição única. O provável triunfo de Dilma estenderia a presidência lulista a 16 anos, um intervalo longo o suficiente para converter um governo num regime. A eternização no poder de uma corrente política que tende a borrar as fronteiras entre Estado, governo e partido envenena as instituições democráticas. Nossa democracia não precisa de um Partido com inicial maiúscula. Que as urnas de outubro cortem o caminho do quarto mandato consecutivo do lulismo.

Amém! Democracia é alternância de poder, e Dilma é Lula, Lula é Dilma, como o próprio ex-presidente já declarou. O lulo-petismo está há tempo demais no poder, causando estrago demais nas instituições republicanas ainda frágeis de nosso país. Já passou da hora de trocar o partido no poder, para não acabarmos com um único Partido, como nos países bolivarianos ou no México da era PRI.

Suzana Singer qualificou Reinaldo Azevedo como “um rottweiler”, dois dias depois da publicação do primeiro texto do novo colunista, que não continha nenhuma impropriedade, e revelou sua insatisfação com a chegada de outro colunista (este aqui), acusado do crime hediondo de ser um “crítico entusiasmado do PT”. Há algo de muito errado no cenário do debate público quando a ombudsman do maior jornal do país faz tabelinha com as correntes difamatórias da internet financiadas pelo Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Que Suzana recupere o prumo e a compostura.

Essa postura da ombudsman da Folha, endossada também por Míriam Leitão, foi vergonhosa, e mostra como há patrulha esquerdista na imprensa. Isso mesmo lembrando que Demétrio nem é de direita! É apenas um esquerdista light e mais esclarecido que abomina o ranço autoritário do PT e não tem medo de chamar as coisas por seus nomes. Isso é basta para gerar revolta no establishment jornalístico.

Mas isso está mudando. A internet, nesse aspecto, ajudou a jogar luz nessa hegemonia esquerdista que, antes, gozava de total conivência da imensa maioria dos jornalistas. Agora, a maioria dos leitores já sabe muito bem quem é chapa-branca, bancado por estatais, e quem ainda desfruta de independência de julgamento e pode falar o que realmente pensa.

Chega de lulismo! Chega de imprensa chapa-branca! E viva a liberdade!

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