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Dilma se diz “perplexa” com prisão de Delcídio. E eu estou perplexo com a “perplexidade” da presidente
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“Fiquei com dois sentimentos. Fiquei muito perplexa, extremamente perplexa. Não esperava que isso acontecesse (prisão de Delcídio), ninguém esperava”, disse Dilma a jornalistas na periferia de Paris, onde está para a conferência sobre o clima. Perplexidade é um sentimento; resta saber qual o outro, já que a presidente menciona dois.

Mas falemos dessa “perplexidade”. Dilma foi tomada totalmente de surpresa pela descoberta do que fazia Delcídio pelo público ou por ela mesmo ter sabido de suas articulações criminosas pela primeira vez? Quem quer acreditar na Dilma alienada, que nada sabia da Petrobras e de tudo mais que ocorre em seu governo, que acredite. Há quem acredite até em Papai Noel e Saci Pererê. Já eu, cético, estou perplexo com a “perplexidade” de Dilma.

Mas o próprio Delcídio do Amaral tem dito algo bem diferente. Ele chamou de “covardia atroz” o abandono pelo partido. Lula chamou de “imbecilidade” o que fez o líder do governo no Senado, não se sabe ao certo se seria o fato de ter sido gravado ou de ter negociado a fuga de um réu do petrolão. Delcídio se sente traído, abandonado.

O que queria o senador? Que o partido se sacrificasse por ele? Que fosse tratado como “guerreiro do povo brasileiro”, como o PT tratou Dirceu e José Genuino, dois bandidos julgados e condenados até a última instância? Ora, mas Rui Falcão já disse que, ao contrário daqueles “heróis”, Delcídio não atuava em função partidária, e sim por conta própria. Será? Então por que Delcídio não faz um acordo de delação premiada e conta o que sabe? Dilma diz não temer isso. E eu acredito em duendes…

A presidente, aliás, em ato falho, disse que infelizmente ninguém é insubstituível, ao contrário de dizer “felizmente”. Pois é, Dilma. Ninguém é insubstituível. Muito menos uma presidente incompetente, que destruiu a economia do país e que “não sabe” de absolutamente nada de podre que acontece bem debaixo do seu nariz. Mas não é infelizmente. É felizmente. Para o povo brasileiro, ao menos, não para os safados que vivem das tetas estatais…

Rodrigo Constantino

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