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Esqueletos a serviço dos falsários da história
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Já escrevi aqui alguns textos sobre a abjeta tentativa da esquerda, hoje no poder, tentar utilizar esse poder para reescrever a história e pintá-la como vítima de militares malvados na década de 1960, como se lutasse pela democracia. Nada mais falso.

Quem tem um pingo de conhecimento histórico sabe que essa gente, naquela época (e hoje ainda), queria instaurar um regime comunista autoritário no Brasil. Não tinham apreço algum pela democracia.

Em sua coluna de hoje no Estadão, Denis Rosenfield toca nesse assunto, mostrando como é absurdo usar esqueletos para tal finalidade. Os petistas, assim como os camaradas bolivarianos, não têm limite ético e moral, e estão dispostos até a usar os ossos dos mortos como instrumentos de seus interesses pelo poder. Usam esses esqueletos como quem brinca com marionetes, sem se importar com o aspecto indecente dessa ação. Seguem os principais trechos do artigo:

A exumação do cadáver de João Goulart está sendo a ocasião de toda uma narrativa que procura sobrepor-se aos fatos. Desenterrar alguém é uma atividade dolorosa, que deveria ser evitada ao extremo, salvo se, bem fundada, fosse absolutamente necessária. Nada indica, segundo depoimentos de seus próximos, que o ex-presidente tenha sido envenenado. Foi construída toda uma “história” que procura justificar tal ato com objetivo explícito de exploração política, numa nítida tentativa de reescrever a História.

[…]

Note-se que a exumação do cadáver para exames toxicológicos e outros deixou de ser a questão e o problema se deslocou para as honras militares do novo enterro. Já fora um despropósito a exumação, que foi seguida de um espetáculo político, cada partido e político procurando extrair o máximo de benefícios. Foi uma forma canhestra de reescritura da História. O recato desapareceu em proveito da ideologia.

E não se fala mais dos exames. Seus “resultados”, conforme foi anunciado, podem demorar entre seis meses e um ano. Um dos especialistas, aliás, é um médico cubano, como se a ditadura comunista caribenha fosse um grande centro de medicina, contando com profissionais e laboratórios mundialmente renomados. Deveriam, isso sim, enterrar seu próprio regime político, exemplo de abolição das liberdades e da democracia.

[…]

É como se a exumação e o novo enterro tivessem como finalidade uma reescritura histórica, que poderia levar à abolição da Lei da Anistia. Já não bastou a Comissão da Verdade ter-se recusado a investigar os crimes da esquerda armada, num comportamento evidentemente parcial. Tampouco é suficiente que os que propugnavam estabelecer no Brasil uma ditadura comunista sejam agora apresentados como “combatentes da liberdade”. Não prezam a estabilidade institucional do País?

[…]

Os cadáveres estão-se tornando protagonistas políticos graças a esses criadores de “mortos vivos”. Pensam que o País deve seguir o exemplo da Argentina, que se enterra cada vez mais?

Podemos responder as perguntas retóricas do professor. Não, eles não prezam a estabilidade institucional do País. Sim, eles pensam que o País deve seguir o caminho da Argentina, quiçá da Venezuela. E por isso mesmo os brasileiros decentes têm a obrigação moral de fazer o que estiver a seu alcance para impedir mais 4 anos de intensa imoralidade, que não respeita nem mesmo os esqueletos dos que já se foram.

É nossa memória coletiva em jogo, lembrando sempre o alerta de George Santayana: Aqueles que não se recordam do passado estão condenados a repeti-lo.

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