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Estudo mostra que maioria culpa falhas de governo, não armas, pelo massacre em Parkland
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Um novo estudo derruba a narrativa esquerdista de mais controle de armas para evitar massacres como o ocorrido em Parkland, na Flórida, neste Valentine’s Day. A maioria culpa as falhas do governo, não as armas, pela tragédia. Erros dos governos local, estadual e federal são apontados como principal fator que permitiu o atentado, de acordo com um estudo do Rasmussen Reports.

54% dos entrevistados acreditam que o tiroteio poderia ter sido evitado se as agências de governo tivessem respondido aos sinais de alerta do assassino. 33%, por sua vez, culparam a falta de um controle adequado de armas, enquanto 11% apontaram outros fatores.

Sobre o controle de armas, 41% dos entrevistados disseram que leis mais rígidas seriam a forma mais efetiva para reduzir massacres deste tipo. Quase a mesma proporção – 40% – disse que tratar de questões da saúde mental seria a abordagem mais eficaz.

A pesquisa mostra uma divisão bem clara por partidos. Os republicanos culpam mais o governo (75%) do que os democratas (36%). Enquanto isso, metade dos democratas acredita que o problema foi controle insuficiente das armas.

Os democratas contam com o apoio do líder iraniano, Aiatolá Khamenei, o mesmo que considera os Estados Unidos o Grande Satã. Em postagens no Twitter, o líder supremo do Irã aplaudiu o desarmamento total como medida sensata para acabar com os massacres. Parece interessante para um dos maiores inimigos da América ter sua população desarmada.

Por outro lado, um xerife de Wisconsin escreveu uma carta que se espalhou pelas redes sociais, em que diz que o debate ter se voltado para maior controle de armas é um equívoco, que desvia a atenção para as verdadeiras causas do problema.

Dale Schmidt, xerife do condado de Dodge, acha que a raiz do problema para a recorrência desses massacres não está em mais leis contra armas, e que não há solução fácil ou simples, pois se trata de uma questão muito complexa. Mas, para ele, o problema começa com a falta de respeito pelas autoridades na juventude atual, pelo desrespeito a figuras como professores e pais, e a falta de habilidade de lidar com conflitos e rejeição.

“Eu acredito que é imperativo que criemos nossos filhos de uma maneira que incuta o respeito pela autoridade. Enquanto todos amamos nossos filhos, precisamos voltar para uma sociedade de pais que esperam um nível de respeito tanto para com eles quanto para outros, inclusive com professores”, escreveu Schmidt. “A disciplina precisa ser reintegrada em nossa sociedade. Pais, nunca deixem ninguém lhes dizer que não podem ou não deveriam disciplinar seus filhos de uma forma não-abusiva”.

Para o xerife, os professores devem contar com a ajuda dos pais para tomar decisões disciplinares, e os pais devem resistir ao impulso de correr em defesa de seus filhos quando seus professores acham que eles ultrapassaram limites e devem ser disciplinados. Isso enfraquece a autoridade do professor, alega, e será visto como um exemplo para ações futuras em relação a outras autoridades.

O xerife condenou ainda a cultura do “troféu de participação”, que impede que as crianças aprendam a lidar com os fracassos. Claro que nenhum pai quer ver seu filho desapontado e triste, mas eles precisam enfrentar os conflitos e o desapontamento, e aprender a resolver seus problemas de forma apropriada. É parte do desenvolvimento de sua personalidade e maturidade, que vai ajudá-lo a lidar com conflitos no futuro.

Isso vai ao encontro do texto do psiquiatra Gustavo Teixeira, que acabei de publicar, sobre a geração “snowflake”. Enquanto alguns estão mais preocupados com as questões de fundo desse problema, outros parecem mais interessados em sua agenda de controle de armas, como se isso fosse resolver num passe de mágica os massacres de malucos em escolas. O buraco é bem mais embaixo…

Rodrigo Constantino

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