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Governo Temer está perdendo a batalha da comunicação, diz Caiado
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Michel Temer tem um país para governar, que está quebrado, falido. Sua missão de vida é recolocar a economia de volta aos trilhos, e o presidente parece ciente disso. Mas não pode ignorar os apelos da sociedade. Seus méritos sempre foram a habilidade de articulação nos bastidores, sem dúvida, mas sem o apoio de parte da imprensa e da sociedade, as reformas não serão aprovadas.

E para obter tal apoio, ele precisa investir mais na comunicação, transmitir melhor a real situação do país, deixada em frangalhos pelo PT, para convencer a maioria da necessidade dessas reformas. É o que sustenta o senador Ronaldo Caiado (DEM) em sua coluna de hoje na Folha:

O governo Temer começa a perder uma batalha vital: a da comunicação. O ambiente de desobediência civil, com conclamação a greve geral e até mesmo a guerra civil, proclamado por pelegos das centrais sindicais e autoridades da ordem deposta —a começar pela própria Dilma e seu mentor, Lula—, transmite ao público sinais invertidos: de que o impeachment não apenas é golpe mas imporá sacrifícios desnecessários para lesar “conquistas sociais”.

Quem fala são investigados da Justiça –alguns já réus, caso de Lula, ou denunciados, caso de Dilma–, a adotar tom acusatório, quando têm só direito à defesa nas barras dos tribunais. E o que fazem o presidente e seu governo? Limitam-se a conversar com o Congresso, em busca de aprovar medidas legais contra a crise. Isso é indispensável, mas não basta. De costas para a sociedade, não escaparão ao fisiologismo.

O novo governo irá se legitimar nas ruas se estiver sintonizado, em permanente comunicação. É preciso que a sociedade saiba como estão as contas do país e quem e como as dilapidou. A analogia com o orçamento doméstico é de fácil assimilação pelo cidadão.

Simples: não se pode gastar mais do que se tem; não se pode endividar além da capacidade de pagar. O governo deposto gastou o que tinha e não tinha –e gastou mal. E roubou –muito.

Após esse estrago e essa roubalheira toda, os petistas se fingem de indignados e acusam as vítimas de ladrões, como se não fossem eles mesmos os bandidos nessa história, aqueles que destruíram as conquistas dos trabalhadores. A elite vermelha do PT, que controla os sindicatos, investe no caos, segundo Caiado, pretende insistir no projeto bolivariano socialista, a despeito dos 12 milhões de desempregados.

A sociedade precisa compreender bem o quadro atual e que, para sair dessa crise, não dá para fugir de sacrifícios. Caiado conclui: “Porém, é preciso a força moral do exemplo, cortando na própria carne. Daí o desastre simbólico dos aumentos e da submissão aos lobbies corporativistas. O governo precisa enfrentar o PT e seus asseclas, sobretudo agora, quando seus crimes começam a vir à tona”.

O governo Temer tem uma oportunidade de ouro de fazer o que é certo, o que precisa ser feito, e entrar para a História como aquele que salvou o Brasil da desgraça total. Mas, para isso, tem que melhorar a comunicação com a sociedade, expor com transparência o caos atual, e demonstrar com bons exemplos do próprio governo que a mensagem de ajuste é séria, para valer, e que todos terão de fazer sua parte, principalmente os servidores públicos.

sinais de que o governo entendeu a importância dessa batalha da comunicação, e não vai mais negligenciar as “manifestações” contrárias, arquitetadas pelo PT e as máfias sindicais. Conquistar o apoio da sociedade é parte fundamental para passar as reformas. Temer não deve tentar ser popular demais, pois precisa aprovar reformas “impopulares”, mas precisa persuadir boa parte da população da extrema necessidade dessas mudanças. Há um país a ser reconstruído. #BoraTemer!

Rodrigo Constantino

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