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Homens liliputianos para uma função de gigantes: o STF que envergonha a nação!
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Não é mais exceção; agora virou a regra. Quase toda semana vemos algum tipo de comportamento vergonhoso no Supremo Tribunal Federal. O mais recente foi protagonizado por Luis Roberto Barroso e Gilmar Mendes, que bateram boca e trocaram ofensas e acusações. Não é uma questão de não haver santos ali; não há é homens à altura do cargo que ocupam!

Mendes pediu a palavra para reclamar da inclusão do habeas corpus na pauta desta quinta-feira (22) da Corte, mas despejou uma série de críticas ao papel do STF que, na visão dele, estaria sendo manobrado politicamente, em diversos temas controversos. “Não podemos permitir que se faça esse tipo de manobra. ‘Vou dar uma de esperto e conseguir a decisão do aborto em uma turma com três ministros e daí a gente faz um dois a um’”, afirmou Mendes.

Barroso retrucou, ao sentir que a abordagem do tema aborto seria uma indireta a ele, que participa da turma que pode analisar o tema. “Me deixa de fora desse seu mau sentimento. Você é uma pessoa horrível. Uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia. Isso não tem nada a ver com o que está sendo julgado”, disse Barroso, que afirmou que Mendes estaria fazendo um “comício cheio de ofensas e grosserias”. Vejam um trecho, frisando que a imensa maioria dos vídeos pega apenas o final da fala de Mendes, o que é injusto com o ministro, que toca em pontos importantes sim:

É um STF de péssimo nível, que nos envergonha, reflexo em boa parte da era lulopetista, que apontou a maioria dos atuais ministros. Mas por mais que seja difícil defender Gilmar Mendes, que vem de antes dessa fase, considero Barroso ainda pior. É o jacobino do Supremo, o legislador arrogante sem voto. Que tempos! Que tempos!

Renan Barbosa, na Gazeta, destacou justamente o risco que a “suprema vaidade” dos ministros representa, em especial o sermão arrogante de Barroso:

Nenhum brasileiro assiste aos pronunciamentos de senadores e deputados no parlatório em busca de uma bússola moral. Chamados, porém, a descer à lama da mais renhida crise política da história brasileira, alguns ministros do Supremo parecem afogar-se na ubíqua vaidade, dando voz não às mais nobres aspirações da comunidade moral brasileira, mas a sentimentos intestinos de ressentimento, impróprios à dignidade da função que exercem. Em uma democracia, não é saudável que os juízes deixem de ser o tempero de moderação aristocrática que falta ao agito da disputa político-partidária. 

O risco nas declarações de Barroso – e nas atitudes de Gilmar Mendes, frise-se – é óbvio: que a palavra do Supremo passe a valer tanto quanto os pronunciamentos de Aécio Neves no plenário do Senado ou as bravatas de Lula da Silva em suas caravanas.

Se Barroso agradou a alguns nesta quarta, cuidado: é justamente porque ele joga para a plateia! Acusa o outro de só fazer ataques pessoais e não ter argumentos, mas seu teatro só teve ofensas pessoais e nenhum argumento. Esse jacobino é um perigo! E claro, as acusações de Mendes sobre seu escritório são graves e merecem investigação.

Luciano Ayan escreveu sobre o caso: “Barroso costuma dizer que ele representa ‘os bons’. Bem, no dia em que os bons forem gente que defende terrorista (que matou quatro na Itália) talvez seja preciso contar com a ajuda ‘dos maus'”. Ele se refere a Cesare Battisti, claro. Eis o que Barroso disse na ocasião:

A defesa não explorou, tampouco, uma linha de argumentação política. Battisti foi militante do sonho socialista, que empolgou corações e mentes em outra fase da história da humanidade. É vítima de uma expedição punitiva fora de época. Cesare Battisti, tragicamente, não consegue se desvencilhar de sua sina de troféu simbólico de disputas políticas por onde passa. Em meio a palavras de ordem e juízos sumários, poucos são os que leram a decisão concessiva de refúgio. E menos ainda os que estão verdadeiramente interessados em sua vida, seus direitos e no terror que o espera em um cárcere político italiano.

Que tal falar do terror das vítimas do psicopata comunista? Que tal falar dos direitos de seus parentes por Justiça? Barroso é aquele que acredita no “direito achado na rua”, é o populista do STF, é o que se considera ungido, acima do bem e do mal, acima até da Constituição, da qual deveria ser o guardião. Ele mesmo já admitiu a influência petista e marxista em sua “formação”, vale lembrar.

Mas claro: isso não significa considerar Gilmar Mendes alguém defensável. É preciso dizer o óbvio: Mendes merece os ataques, ainda que sejam coordenados pela mesma patota do “Fora Temer”, que hibernava durante a gestão de Lula e Dilma. Os oportunistas sabem o que fazem, enquanto os inocentes úteis, imbuídos de seu senso de pureza e justiça, caem feito patinhos na campanha de difamação contra um, e de endeusamento do outro.

O advogado Leonardo Corrêa, ao ver as cenas chocantes, desabafou: “A TV Justiça precisa acabar!!!! Talvez, isso faça com que os Ministros de nosso STF saiam do palanque e voltem a ser magistrados. A Corte Suprema não é lugar para politicagem, arroubos e bate-bocas. Trata-se de Instituição importantíssima, cujos ocupantes dos cargos precisam ter respeito, comedimento, capacidade de reflexão e bom senso. Acima de tudo, eles têm o dever de resguardar a Instituição de suas próprias idiossincrasias”.

Infelizmente, temos o contrário disso: sujeitos pequenos, vaidosos, suspeitos, disputando egos, lutando para legislar de forma indevida ou preservar a impunidade dos corruptos, manchando a reputação do STF. São seres liliputianos em um cargo para gigantes. Há quem diga que nossas instituições estão funcionando muito bem. Com essa turma desse naipe? Com esse STF? Que tempos! Que tempos!!!

Rodrigo Constantino

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