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Inflação em alta e PIB em baixa: essa será a pá de cal do lulopetismo
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Primeira notícia:

Considerado uma prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu para 0,99% em junho ante maio, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira. Segundo o instituto, é o maior índice para os meses de junho desde 1996, quando chegou a 1,11%.

No acumulado do primeiro semestre deste ano, a taxa ficou em 6,28%, bem acima da verificada no mesmo período do ano passado, de 3,99%, e a maior desde 2003, quando atingiu 7,75%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice variou para 8,80%, o maior resultado desde dezembro de 2003, quando registrou 9,86%.

Além de estar em patamares mais elevados do que o verificado nos últimos anos, a aceleração do IPCA-15 mostra que o empenho do governo em segurar os preços, como a escalada dos juros, ainda não começou a surtir os efeitos almejados. A taxa está bem longe do centro da meta definida pela equipe econômica do governo, de 4,5%, e do teto dela, de 6,5%.

Segunda notícia:

Após encolher 0,2% nos três primeiros meses do ano, o nível da atividade econômica brasileira iniciou o segundo trimestre com uma contração ainda maior e acima da projetada por analistas de mercado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que serve como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,84% em abril ante março na série dessazonalizada, informou o Banco Central nesta sexta-feira. O indicador só reforça o cenário de crise econômica marcada pela debilidade da indústria e do desaquecimento do comércio.

O resultado de abril foi bem pior do que a mediana das expectativas feitas por analistas, que apostavam em uma queda de 0,40%, segundo pesquisa feita pela agência Reuters. A projeção indica que a economia brasileira poderá entrar em recessão neste ano, já que duas quedas consecutivas no desempenho do PIB se configura na linguagem dos economistas como “recessão técnica”.

No comparativo com abril de 2014, a queda foi de 3,29% na série dessazonalizada, e de 3,13% na série observada. No acumulado do ano, o encolhimento foi de 2,48%; e no acumulado dos últimos doze meses, de 1,38%.

O que dizer? O que comentar? É o PT destruindo a economia brasileira. Essa crise é totalmente produzida pelo governo, por seus equívocos, por sua ideologia desenvolvimentista. Não tem ligação com uma suposta “crise internacional”, como alega a presidente Dilma. Esse é o resultado do intervencionismo, do voluntarismo, do nacional-desenvolvimentismo do governo petista, começado ainda na era Lula e agravado por Dilma. É o retrato do populismo de quem fomentou apenas o consumo com base no crédito de olho nas próximas eleições.

Adoraria crer que fatores éticos serão fundamentais para derrotar o PT de uma vez por todas, mas sou obrigado a concordar com Maurício Coelho e Cristiano Penido, autores de um livro de como derrotar o PT. Eles fazem eco ao velho mantra do assessor de Clinton: é a economia, estúpido! Não que os valores sejam irrelevantes, pois não são. Mas é que quem deveria repudiar o PT por seus desvios éticos já o faz. Quem restou “pendurado” na broca, apoiando essa corja incompetente, ou é vendido e imoral, ou é ignorante e tem medo de perder “conquistas” dos últimos anos.

Para essa gente, a crise econômica será o grande despertar, o soco na cara para a realidade. O PT não é o responsável por “conquistas sociais”, e sim pela desgraça econômica que está apenas começando. A inflação come o salário por um lado, e a queda da atividade ameaça o emprego por outro. É a combinação mais temida em economia, fruto da estupidez de quem ainda acha que é preciso gerar um pouco mais de inflação para ter mais crescimento. Eis o resultado: muita inflação e “crescimento” negativo. Será essa a pá de cal do lulopetismo.

PS: A longo prazo, julgo fundamental atacar a esquerda no campo cultural, dos valores, e não achar que tudo se resume à economia, pois não é verdade. Também acho que crise econômica por si só não derruba necessariamente governos, vide Venezuela e Argentina. Mas acho que, no Brasil, o PT ainda não consolidou o suficiente o controle da máquina estatal toda, como vem tentando. E por isso será derrotado nas urnas, basicamente pelo estrago que fez na economia.

Rodrigo Constantino

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