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Instituto Paraná: Bolsonaro lidera com folga, mas esquerda tem mais voto somado
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Levantamento inédito do Instituto Paraná mostra que sem Lula o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) assume a dianteira na corrida ao Planalto. Bolsonaro fica com 20,5%, seguido por Marina Silva (Rede-AC) e, em terceiro,Joaquim Barbosa (PSB-RJ), que aparece com 11%.

Com a margem estimada de erro de 2%, Marina e Barbosa estão tecnicamente empatados. A pesquisa do Instituto Paraná ouviu, entre os dias 27 de abril e 2 de maio, 871 pessoas, em 137 municípios de 26 unidades da federação, nas cinco regiões do país.

Uma olhada rápida pode animar os eleitores de Bolsonaro, que se estabeleceu de forma sólida na liderança, com certa folga para o segundo colocado (quase o dobro!). Porém, uma análise mais abrangente com base na ideologia mostra que a turma mais à direita não pode relaxar, pois os esquerdistas, somados, têm mais votos.

Se juntar Marina Silva, Joaquim Barbosa e Ciro Gomes, o pacote de esquerda tem mais de 30%. Ainda tem o PT e o PSOL que, juntos, dão mais 5% quase. Enquanto isso, os votos de centro, que podem pender tanto para a esquerda como a direita, somam perto de 15% (Alckmin, Álvaro Dias e Temer).

É óbvio que ainda falta muito para a eleição, que muita água vai rolar, que o rolo compressor das máquinas partidárias vai entrar em cena, ainda mais numa eleição casada, com candidatos a governo estadual também. Os milhares de prefeitos do PSDB e PMDB não podem ser ignorados, nem a força dos cabos eleitorais desses partidos grandes. E sabemos também que votos não são automaticamente transferidos de acordo com alinhamento ideológico, ainda mais num país tão personalista como o nosso.

Dito isso, quem observa tal pesquisa e depois mergulha no universo das redes sociais sai convencido de que o mundo virtual parece distante da realidade, debatendo detalhes mais ideológicos e puristas entre candidatos dentro da direita, como se mais nomes que não o de Bolsonaro realmente tivessem chances concretas.

Enquanto vem fogo “amigo” dos liberais contra Bolsonaro, a extrema-esquerda segue avançando e se consolidando como uma força competitiva. Esse cenário é simplesmente assustador, sombrio. A menos, claro, que os “liberais” prefiram uma Marina Silva, com seu pacote que inclui petistas e ex-petistas, ou Joaquim Barbosa, o que chamou o impeachment de Dilma de “tabajara”, ou ainda o Ciro Gomes, cuja loucura dispensa comentários.

Política é a arte do possível, não o mundo dos ideais. E, no momento, o que está pintando é que a possibilidade de a extrema-esquerda retornar ao poder no Brasil não é nada desprezível. Melhor os liberais e conservadores tomarem logo consciência do perigo…

Rodrigo Constantino

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