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Isso é globalismo: ONU pressiona, e Brasil decide soltar 10% dos marginais presos
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Pressionado pela comunidade internacional, o governo brasileiro informa que vai assumir um compromisso de reduzir em 10% sua população carcerária até 2019. O anúncio foi feito em uma reunião fechada entre a Secretaria Especial de Direitos Humanos e organizações não governamentais (ONGs) brasileiras e internacionais, às vésperas do principal exame das políticas de direitos humanos do País, que ocorre nesta sexta-feira, 5, em Genebra, na Organização das Nações Unidas (ONU). 

Procurada, a missão do Brasil em Genebra não retornou os pedidos da reportagem sobre esclarecimentos e nem sobre como isso seria feito. Mas entidades como Anistia Internacional e outros grupos confirmaram ao Estado que a promessa foi declarada no encontro pela primeira vez. 

Com a quarta maior população carcerária do mundo, com mais de 630 mil pessoas, o Brasil é com frequência acusado de violações de direitos humanos em suas prisões. Nesta sexta-feira, documentos obtidos pelo Estado revelam que dezenas de países exigirão resposta a isso e denunciarão os abusos por parte da polícia e a situação das prisões.  

No total, 109 governos se inscreveram para cobrar respostas do Brasil durante a sabatina. Mas o Estado apurou que países avaliam a possibilidade de usar o exame com fins políticos e levantar o debate sobre a corrupção. Outro tema será o impacto dos cortes de orçamentos nos programas sociais, também denunciado por relatores da ONU.

Talvez essa seja uma boa oportunidade para os “especialistas” que até hoje não entenderam a diferença entre globalização (que os liberais defendem) e “globalismo” (que os liberais condenam) finalmente possam compreender o que está em jogo. A ONU, aliás, é o melhor exemplo para descrever as mazelas do tal “globalismo”.

Governo mundial: eis a meta final, o objetivo maior dessa agenda. A turma poderosa do establishment global quer ainda mais poder, quer mandar em tudo, abolindo as fronteiras nacionais, o próprio conceito de estado-nação, que estaria “ultrapassado”. Burocratas sem rosto e sem votos ditando todas as regras de forma universal, sem levar em conta as realidades locais, o próprio cidadão ou indivíduo.

Liberais, originalmente, davam muito valor ao princípio da subsidiariedade, ou seja, tudo aquilo que puder ser feito pelo indivíduo, assim deve ser feito, depois pela família, comunidade local, estado e, finalmente, só o que restar pelo governo federal. Hoje, em nome do “liberalismo”, esses “globalistas” querem abolir as fronteiras e impor um modelo único para todos.

A ONU tem claramente uma agenda “progressista”, de esquerda. Foi tomada pela turma que condena o livre mercado, as tradições estabelecidas, e que adota essa mentalidade benevolente com bandidos, pois rejeita a noção de que seres humanos reagem a incentivos, preferindo a visão de que são “vítimas da sociedade”.

Falar em reduzir a maioridade penal, apertar a fiscalização nas fronteiras para impedir a entrada de armas ilegais, liberar a posse de arma para cidadãos ordeiros, construir mais prisões ou endurecer as penas para crimes pesados, tudo isso é pauta de “ultraconservador”, e a ONU está aí para salvar o Brasil disso, dando uma mãozinha à esquerda.

O Brasil tem a quarta população carcerária do mundo? E nunca lembram de dizer que tem a sexta população do mundo, ora! Em termos relativos, portanto, tem apenas um pouco mais de presos. Mas é palco de muito mais crimes! De 60 mil homicídios por ano! E a imensa maioria dos crimes sequer é solucionada, ou seja, permanece impune.

O problema não é, portanto, prender demais, mas sim cometer crime demais. E só na cabeça oca de “liberais progressistas” da ONU é que soltar bandidos é a solução. Mas essa elite, do conforto e luxo de seus aposentos, resolveu impor sua visão limitada de mundo a todos. E como tem poder, consegue resultados.

Está aí a prova: o governo brasileiro se deixando pautar pelos alienados da ONU, bem ao gosto dos “globalistas”. Mas não falem nisso, pois serão logo acusados de “paranóicos da extrema-direita”…

Rodrigo Constantino

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