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Sobre os terroristas do Hamas, nem uma palavra desses "humanitários"...
Sobre os terroristas do Hamas, nem uma palavra desses "humanitários"...| Foto:

Em um movimento em que as próprias lideranças classificam como “sem precedentes”, 343 acadêmicos de 72 instituições britânicas de ensino superior assinaram uma carta aberta na qual afirmam que “não vão mais aceitar convites para visitas acadêmicas ou realizar cooperações de nenhuma espécie com universidades israelenses”. O documento, intitulado “Um compromisso dos acadêmicos do Reino Unido pelos direitos dos palestinos”, foi publicado em anúncio de página inteira, em um dos principais jornais britânicos, o “Guardian”. O boicote acadêmico britânico é mais um entre outros que buscam pressionar Israel a sair dos territórios palestinos ocupados e que condenam o que veem como violações de direitos humanos e desigualdade de tratamento dos cidadãos árabes-israelenses. Entre os mais importantes estão o BDS (Movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções) e o Artists for Palestine UK, que engloba mais de 700 pessoas do setor cultural britânico.

A iniciativa ocorre em meio a uma violência contínua que já dura um mês em Israel e na Cisjordânia — na terça-feira, dois soldados israelenses ficaram feridos em ataques, enquanto os três agressores palestinos foram abatidos a tiros. Um americano-israelense ferido num ataque há duas semanas morreu devido aos ferimentos.

O documento britânico afirma que os signatários, de várias universidades da Inglaterra e do País de Gales — como Oxford, Cambridge e a University College London, incluindo ainda membros da Royal Society e da British Academy — não vão sequer participar de eventos organizados ou financiados por instituições acadêmicas israelenses, que são chamadas de “profundamente cúmplices com as violações israelenses do Direito Internacional”. Entretanto, os britânicos não se furtam a continuar trabalhando individualmente com acadêmicos israelenses. O anúncio enfatiza que os signatários estão “profundamente incomodados pela ocupação ilegal do território palestino por Israel, pelas violações intoleráveis dos direitos humanos infligidas em todos os setores ao povo palestino”.

Num mundo com Irã, com Arábia Saudita, com Rússia, com Coreia do Norte, com Cuba, com Venezuela, com o Hamas, eis que os “intelectuais” da Academia britânica resolvem demonstrar sua sensibilidade frente aos “direitos humanos” protestando contra… Israel, única democracia próspera do Oriente Médio, aquela que permite até muçulmanos em seu Parlamento, que respeita minorias, mulheres etc.

O duplo padrão salta aos olhos. A hipocrisia é gritante. A judeofobia não pode mais ser ocultada. Esses acadêmicos são falsos, simulam uma afetação humanitária que não possuem, pois se a tivessem de verdade teriam outras prioridades. Saberiam, por exemplo, que as próprias lideranças palestinas são o maior inimigo dos palestinos decentes. Saberiam, por exemplo, que Israel tem o direito de se defender de quem deseja o “varrer do mapa”.

Criticar eventuais excessos do governo israelense, condenar medidas pontuais, acreditar até mesmo, de forma ingênua, que a disputa é territorial e que se Israel cedesse aquele pedaço de terra haveria paz na região, isso é uma coisa; outra, bem diferente, é selecionar Israel como o grande vilão da humanidade, e boicotar a nação que mais respeita os direitos civis e as liberdades individuais em toda aquela região.

A cartinha desses “intelectuais” é mais uma evidência de como a Academia está tomada por um duplo padrão moral, eivada de preconceitos e repleta de hipocrisia “progressista”. O leitor pode alegar que se trata de uma minoria barulhenta e organizada. Fato. Mas e o silêncio cúmplice dos demais, de seus pares? Lamentável…

Rodrigo Constantino

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