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Kim na Folha e o passe livre para o terrorismo
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Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, é o novo colunista da Folha, o maior jornal do país que congrega verdadeiro amontoado ideológico, desde Boulos, Greg, Safatle e Freixo, até Reinaldo Azevedo, Pondé e João Pereira Coutinho, passando por Demétrio Magnoli e companhia. Tem de tudo ali, para todos os gostos, o que é exatamente o objetivo do jornal. Mas quando o jovem liberal foi contratado, houve histeria, tanto da esquerda como de parte da direita, aquela que parece seguir cegamente um guru como se fosse o próprio profeta na Terra, que enxerga tudo e está sempre certo.

Besteira! Devemos celebrar a conquista desse espaço por um jovem liberal, com mais embasamento do que muito “coroa” por aí, que não precisa trocar boas ideias por xingamentos chulos, e que vem atacando os pontos certos no governo petista: o excesso de intervenção, seu DNA ideológico socialista. É até engraçado ver gente que aplaude textos da nulidade intelectual que é Gregorio Duvivier detonando a chegada de Kim, como se agora a Folha tivesse surtado de vez. Não, meus caros. Ela “surtou” (na verdade há método e estratégia nisso, pois um grupo grande da esquerda caviar assina o jornal) quando contratou, por exemplo, um líder de movimento criminoso como Guilherme Boulos, que acha que “argumento” é invadir propriedade.

O jovem liberal do MBL vem trazer mais bom senso aos leitores, uma visão refrescante em que o estado não é esse deus que muitos aprenderam a enaltecer, e também que a saída para o país não é a intervenção militar. E começou muito bem, diga-se de passagem. Em sua primeira coluna, publicada hoje, Kim entrou de sola nos terroristas acobertados pelo Movimento Passe Livre, esse sim com cheiro de naftalina, pregando as ideias carcomidas da esquerda radical, com métodos ainda mais ultrapassados dos “revolucionários”. Diz o rapaz, com precisão:

Aqueles que andam de camisa negra, máscara no rosto e pedra na mão e chamam os outros de fascista estão de volta às ruas. Enquanto berram pelo mito do transporte público, gratuito e de qualidade e pedem menos violência, militantes queimam ônibus e jogam coquetéis molotov na polícia. No protesto do Movimento Passe Livre (MPL) da última quinta-feira (14), uma bomba caseira foi lançada dentro da estação Consolação do metrô, deixando um funcionário ferido. No dia seguinte, nenhum espanto. Havia sido apenas mais um “protesto” do MPL.

No ano passado, uma bomba caseira foi jogada numa estação de metrô em Istambul, na Turquia. A população turca ficou chocada com o atentado terrorista, que deixou cinco pessoas feridas. “Terroristas”. Esse é o nome dado àqueles que explodiram bomba caseira em uma estação de metrô em Istambul. “Manifestantes”. Esse é o nome dado àqueles que explodiram uma bomba caseira em uma estação de metrô no Brasil.

Não há espaço para eufemismo quando tratamos desse tipo de criminoso. Parece que os protestos do MPL têm uma espécie de licença moral e poética para o crime. Vândalos que destroem lojas e agridem policiais são chamados ainda de “ativistas”. Queimar ônibus é considerado maneira de protestar. E o terrorismo – evidente para todos aqueles que não se deixam cegar por lentes ideológicas – é absolutamente ignorado.

Exato! Kim foi direto ao ponto, e essa postura nos defensores do MPL é inaceitável. Mas ela está encrustada inclusive na mídia, e mesmo o jornal que o contratou comete o mesmo tipo de erro absurdo, chamando de “manifestantes” grupos que dão guarida a terroristas. Antes de enfrentar qualquer inimigo, o primeiro passo é chamá-lo por seu nome, reconhecer sua essência e a ameaça que ele representa. Ou seja, ser realista, em vez de tapar o sol com a peneira ideológica só porque é bonitinho defender “jovens revolucionários” ou se é covarde para reconhecer os fatos.

Kim também é jovem, mas em vez de jogar coquetéis Molotov na polícia para encantar artistas e “intelectuais” ou sair mandando todo mundo tomar naquele lugar para encantar jovens inseguros, ele usa uma arma bem mais perigosa e legítima: os argumentos, a palavra, as boas ideias. Seu MBL convocou milhões às ruas de forma pacífica para protestar contra o governo mais incompetente e corrupto da história deste país. Por isso ele assusta tanto. Por isso a esquerda reage de forma histriônica, e parte da direita, que precisa da sobrevivência dos comunistas para justificar sua existência e sua “profecia”, também. São ambos grupos que detestariam a chegada de um Mauricio Macri ao poder no Brasil, com as reformas liberais que ele vem implantando na Argentina, pois isso representaria um duro golpe aos seus interesses.

O garoto Kim demonstra, apesar da idade, boa maturidade, a ponto de ignorar esses ataques pessoais todos ou acusações de que é um “vendido” e que não tem consistência. Ora, qualquer pessoa minimamente decente estaria hoje lutando contra o PT e essa esquerda retrógrada que ele representa. E Kim tem feito exatamente isso, de forma incansável e com bons argumentos. Ele merece nossos aplausos, incentivo e reconhecimento. Em frente, meu jovem, pois o Brasil tem pressa e já não aguenta mais esses safados no poder e essa velha disputa entre comunistas e reacionários com postura de seita fechada!

Rodrigo Constantino

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