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Marina Silva, ex-PT e pró-MST, diz que Bolsonaro “evoca o lado escuro da força”
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Ela não é o Yoda, tampouco uma Jedi, apesar de alguns a considerarem um tanto ET. Mas Marina Silva revolveu apelar para uma linguagem de “Guerra nas Estrelas” para definir Jair Bolsonaro, seu adversário na disputa eleitoral, numa entrevista ao GLOBO. Quando a entrevistadora quis saber sua opinião sobre o líder das pesquisas, eis o que ela respondeu:

Um candidato que evoca o lado escuro da força, e em momentos de crise a história já mostrou a que leva esse tipo de evocação. Um candidato de cunho populista, com viés autoritário muito forte, que não respeita direitos humanos, as minorias, e não respeita a própria democracia, muito embora usufrua dela para defender suas ideias antidemocráticas.

“Lado negro da força ele ser”

O jornal escolheu esse trecho para dar como manchete da entrevista, que falava de muitas outras coisas. A perseguição a Bolsonaro tem sido implacável mesmo no grupo. No restante da entrevista, Marina fala de seu carinho e respeito pelo PT, de onde saiu apenas por divergências quanto ao tema da sustentabilidade. E também banca a vítima, puxando a carta de minoria quando perguntada sobre a possibilidade de ser vice em alguma chapa:

Acho interessante que algumas pessoas, não importa quanto eu pontue nas pesquisas, não consigam me ver como uma possível candidata à Presidência da República. Às vezes eu pergunto: será que é por eu ser mulher? Será que é porque sou de origem humilde? Será que é porque sou negra? Será que é porque sou cristã evangélica? Independentemente de toda a trajetória, de 2010, de em 2014 ter sobrevivido a um massacre e ter 22 milhões de votos, de continuar a fazer política em condições inteiramente franciscanas e, mesmo assim, estar conseguindo ter o respeito e uma intenção de votos que para qualquer um é valorizada… por que, em relação a mim, as pessoas só conseguem indagar se eu aceitaria ser vice? Por que ninguém consegue fazer uma outra pergunta? 

As “minorias” estão sempre blindadas de perguntas incômodas, pois conseguem na mesma hora inverter a situação e colocar o entrevistador como um preconceituoso. Mas esse não é o foco aqui. O importante é destacar que Marina, que foi do PT por vários anos, ministra de Lula, por quem ainda tem um sentimento de solidariedade (“Quando a dona Marisa morreu, eu liguei para o presidente Lula, me solidarizei com ele, porque ali havia uma questão de alinhamento humano”), e que veste literalmente o boné do MST, considera Bolsonaro populista e antidemocrático.

Talvez o MST seja democrático! Talvez o PT seja antipopulista! A Rede abriga vários outros ex-petistas, como Molon e Heloísa Helena, mas antidemocrático e populista é sempre o outro, nunca quem defende, direta ou indiretamente, aqueles que destruíram a economia brasileira e quase levaram junto nossa capenga democracia. Nunca aqueles que desafiam a Justiça para proteger um bandido condenado. Nunca aqueles que mobilizam com mortadela militância paga para enfrentar policiais. Esses são “justiceiros sociais” que se preocupam com as tais “minorias”.

O povo cansou. Esse discursinho “isentão” de Marina Silva, uma esquerdista radical, não cola mais. Quem veste o boné do MST, um grupo terrorista, perde automaticamente o direito de acusar quem quer que seja de antidemocrático. Quem foi do PT e diz ter saído de lá com saudades, e sente orgulho desse passado, não pode chamar ninguém de populista. Marina Silva tem fala mansa, mas não engana ninguém, à exceção dos artistas engajados do Projaquistão. É PT embalado à clorofila. É melancia: verde por fora, vermelho por dentro. É preciso ser muito trouxa para cair nessa Rede…

Rodrigo Constantino

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