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Fonte: Veja
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Ele bem que tentou. E olha que como humorista ainda tem algum ínfimo talento, enquanto como “pensador político” é um excelente humorista, ainda que involuntário. Falo de Gregorio Duvivier, o Greg, que usou sua coluna na Folha (mistérios do Brasil) para fazer um jabá de seu novo filme, apelando para o sensacionalismo barato que seduz os brasileiros jecas (aqueles que adoram o coitadismo e sempre torcem para os mais losers no BBB).

Não deu certo. A crítica veio em cima mesmo assim, e seu filme tem sido alvo de duros ataques. A resenha da Veja, por exemplo, massacrou o “pobre coitado”. Se ele não fosse um petista a gente até ficava com peninha dele, não é mesmo? Eis o que diz a revista:

Se era para servir de homenagem ao romance que viveu com a ex Clarice Falcão, sua companheira por cinco anos, de 2009 a 2014, Gregorio Duvivier ficou devendo. Desculpe o Transtorno, comédia romântica de Tomas Portella que estreou nesta quinta-feira com o ator no papel principal e Clarice como a menina por quem seu personagem se apaixona, é fraca de doer. Apoiado em clichês e estereótipos do que seriam um carioca e um paulistano, e também na atuação de Duvivier, uma base sólida como areia de praia, o filme se arrasta por cerca de uma hora e meia entre piadas bobas – “Dostoiévski? Eu não li nenhum Toiévski” – e cenas que parecem saídas de um comercial de operadora de celular. É triste, quando devia ser divertido.

[…] Desculpe o Transtorno tem humor – uma piada tosca atrás da outra, mas vá lá – e nem assim Gregorio engrena. Chega a ser constrangedor vê-lo patinar em cena.

[…]

Se era para fechar com honra o relacionamento entre Clarice e Gregorio,Desculpe o Transtorno deu ao casal um final chocho. O que pode ter funcionado, entre todas as tentativas ligadas ao filme, foi a de Gregorio usar sua coluna naFolha de S.Paulo para fazer propaganda da produção – com o texto “Desculpe o transtorno, preciso falar da Clarice”, publicado na última segunda-feira. Se a ideia era fazer marketing, como logo se suspeitou, isso sim deu certo. Afinal, se o texto não tivesse sido amado e odiado pelas redes sociais, despertando enorme curiosidade sobre o longa, esta resenha talvez nem mesmo existisse.

Nas redes sociais, o filme também foi alvo de pesadas críticas, algumas bem mais engraçadas do que o filme, sem dúvida. Eis algumas respostas à pergunta “qual parte do filme você mais gostou?”:

Gil Diniz: A parte que mais gostei, foi aquela da Clarice indo assistir o filme com o atual namorado enquanto Greg fazia textão propaganda na Folha. Outra parte bacana, foi não perder meu tempo e dinheiro indo assistir esse lixo de filme.

Luis Fernando Waib: Ontem fui ao cinema com a minha esposa, ficamos entre “desculpe o transtorno”, “aquarius” e suicide squad. Se não fosse OBRIGATÓRIO passar filme nacional no cinema, eu teria mais opções. De todo modo agradeço por me ajudar a escolher, obviamente, suicide squad.

Marie Simone Sandy: Que os pobres nos desculpem, o filme foi pago por eles também, mas como sempre não terão dinheiro para levar a família para assistir.

Leonardo Alexandre: O que gostei é que passarei longe do cinema em que esse filme estiver sendo exibido

Fernando Fernandes: Aquele em que o filme flopa na bilheteria e vc, Greg, devolve o dinheiro dos impostos que financiaram o filme.

Carlos Mauricio Ardissone: Não vi e não gostei e espero que tudo ligado ao Gregorio seja um enorme fracasso comercial. Com minha contribuição só vai contar para criticar esse amiguinho dos black blocs.

Elói Freire C B Araújo: Gostava mais quando nem sabia que esse filme existia. E não desculpo o transtorno, quero meu imposto de volta.

Thiago Brandãoa que o Filme acabou.

Alisson Gustavo: Quando o Gregório no final descobre que acabou a teta da rouanet, foi muito engraçada essa parte.

E assim vai, com muito mais comentários deste tipo. Greg está apenas colhendo aquilo que vem plantando. Ao se tornar um militante esquerdista dos mais cafajestes, dissimulados, defensor até dos black blocs, conseguiu atrair o desprezo (merecido) de um monte de gente decente, cansada desse proselitismo, dessa canalhice.

Vai lhe restar apenas os bajuladores falsos, que não acham a menor graça em suas piadinhas, mas o defendem porque ele defende o PT, as tetas estatais e o “Fora, Temer”. É um fim de carreira lastimável para quem mal a começou. Mas também, se não fosse seu petismo, quem seria Greg? Apenas o mais apagadinho e insosso do Porta dos Fundos, um grupo que teve seu momento nas redes sociais antes de se tornar apelativo demais.

Greg faz “sucesso”, a ponto de ter coluna no maior jornal do país, não por ter algo relevante a dizer, mas por ser o militante que é, vindo da elite mimada com “costas quentes”, o famoso Q.I. (quem indica). Alguém com suas “qualidades” ter sido alçado ao patamar que foi será sempre lembrado como a marca de uma era antimeritocrática em nosso país, que premiou os medíocres desde que com a ideologia “certa”.

Rodrigo Constantino

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