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O cinismo dos golpistas – coluna da IstoÉ desta semana
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Foi um martírio acompanhar a sessão extraordinária do Senado para o julgamento do impeachment, mas muitos o fizeram cientes de que era um último sacrifício antes de se livrar de vez de Dilma. No ato final dessa ópera bufa, ficou claro que nada mudaria: o cinismo é mesmo a marca registrada do PT. A começar pelo vitimismo. O partido que destruiu nossa economia, prejudicando principalmente os mais pobres, e que se lambuzou no poder com as empreiteiras, continuou bancando a vítima das “elites” e se dizendo defensor dos pobres. É muita cara de pau fingir que os últimos treze anos não existiram para insistir na retórica de eterna oposição ao sistema.

A desfaçatez de quem nada aprendeu nesse período todo chega a espantar. Dilma realmente se vê como uma perseguida, vítima de um golpe. Esqueça mensalão e petrolão, fraudes fiscais escandalosas, tentativa de obstruir a Justiça na Operação Lava Jato, nomeando Lula para ministro, o aval do STF no processo, composto basicamente por ministros indicados pelo próprio PT. Os fatos não podem contra a narrativa. E nessa o PT mira no público-alvo de sempre: uma ala da elite culpada que sonha com o socialismo até hoje, estudantes seduzidos por doutrinadores, artistas engajados e sindicalistas. Uma cambada de idiotas úteis explorados pelos oportunistas demagogos, encantada com o discurso de representante dos pobres contra a elite insensível. Ou cúmplices da quadrilha, claro.

Petistas são incapazes de pedir desculpas, de reconhecer erros, de admitir a realidade. Culpam sempre bodes expiatórios por suas trapalhadas. São incapazes de um debate civilizado. Precisam demonizar o adversário, quando não partem diretamente para a intimidação, ou usam seus “movimentos sociais” para tocar o terror nas ruas. Eles dizem defender a democracia, mas apoiam os piores ditadores da história, e flertam abertamente com o modelo venezuelano. Alguns senadores de oposição foram duros com Dilma e seu partido, mas em geral fazem concessões indevidas, respeitando o passado de Dilma (o de guerrilheira comunista?), recusando-se a apontar claramente quem é o golpista nessa história toda.

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Rodrigo Constantino

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