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O "ódio fofo" da esquerda que "ama" o povo, ao lado de terroristas!
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Certa vez, um desses psicanalistas “sakamotianos” que gostam de “lacanagem” entrou num “debate” comigo, e resolveu, na falta de argumentos, apelar para o ad hominem. Tentando me rotular de radical e agressivo, ele selecionou a dedo uns poucos comentários de leitores que, de fato, demonstravam profundo ódio em seus corações, para alegar que esse era o perfil dos meus leitores.

Devo moderar quase uns 500 comentários por dia, e quem acompanha o blog sabe que passa de tudo. Comentários odientos da direita mais reacionária devem representar, no máximo, uns 3% do total. Como pode, então, alguém pinçar essa minúscula minoria para fazer seu ponto falso de que “meus leitores são raivosos”? É muita desonestidade mesmo.

Mas, como meus leitores já sabem, desonestidade é a marca registrada da esquerda. O duplo padrão é constante. E tivemos um ótimo exemplo na reação às manifestações deste domingo, que lotaram as ruas do país uma vez mais. Lá estavam, isolados, uns gatos pingados da direita reacionária que clama por intervenção militar e queria ver comunistas enforcados. O que fez nossa esquerda “amorosa”? Usou a exceção da exceção como regra: os milhões nas ruas eram todos uns raivosos!

O mais irônico é que essa esquerda “paz e amor” ataca a “agressividade” dos manifestantes – a maioria formada por famílias unidas e gente pacífica – para defender o PT, o partido mais raivoso e odiento de todos. Condenam a “violência” dos idosos e crianças nas ruas de Copacabana e da Paulista para defender o presidente da CUT, que convocou seus companheiros às armas bem na frente da presidente Dilma.

Reclamam das faixas de ódio de meia dúzia de saudosistas do regime militar enquanto justificam os vândalos black blocs que depredam tudo e atacam policiais, matando até jornalistas no processo “purificador” do “sistema”. Ficam horrorizados com os “coxinhas” que querem ver os petistas mortos, mas enaltecem tiranos que fuzilam inocentes pelo “crime” de ser… burguês!

É muita cara de pau mesmo. É muita hipocrisia. Mas a era das redes sociais não deixa mais tanta canalhice passar impune. Hoje eles acabam desmascarados. Como foi o caso de Gregorio Duvivier, que, bem pago pelo Banco do Brasil apesar de “odiar” banqueiros, resolveu pregar o “amor” em sua coluna de hoje, contra o “ódio” dos manifestantes. Uma vez mais, a coluna da outra página, do filósofo Luiz Felipe Pondé, expõe a farsa de Greg, como se tivesse sido avisado do embuste do “humorista” antes:

Minha hipótese é que existem dois tipos de ódio para a intelligentsia, o ódio fofo e o ódio não fofo. Mas ela não tem consciência de que pensa dessa forma. Ela tem dificuldade de enxergar esses dois tipos de ódio porque o ódio fofo não se apresenta como ódio, mas sim sob denominações outras.

Quer ver uma denominação fofa para o ódio político que não se vê como ódio? Luta de classes. Quer ver outro exemplo? O combate à desigualdade social. Outro? MST e MTST.

O ódio de classe é o motor da história para o velho Marx e sua igreja. A história da esquerda é uma história de ódio ideologicamente justificado por suas “boas intenções”.

O motivo para que nossa intelligentsia só veja o ódio não fofo é porque só reconhece a palavra ódio nos babacas da extrema-direita que berram nas redes sociais. Para si, guardam a expressão “esquerda”, o que, por definição, significa “gente fofa”.

A esquerda revolucionária sempre foi odienta, incapaz inclusive de ter senso de humor, de tratar com respeito e civilidade aqueles que ousam discordar de suas utopias. Mas essa mesma esquerda tem a pecha de falar do “ódio” da direita, tomando casos isolados como se fossem a regra, generalizando de forma mentirosa, e ignorando que o verdadeiro ódio vem justamente da esquerda. “Quem não lembra o que esses lindinhos fizeram com a blogueira cubana Yoani Sánchez anos atrás?”, pergunta Pondé.

Cinegrafista Santiago Andrade, morto pelos “amorosos” black blocs, defendidos pela esquerda radical

Gente como o Greg e o psicanalista Christian Dunker deveriam lavar a boca antes de falar em ódio da direita, uma vez que fazem isso ao lado de tiranos e invasores, gente que incita a violência como método para chegar ao poder e lá permanecer. Foi José Dirceu quem disse que seus adversários, tratados como inimigos, tinham que apanhar nas urnas e nas ruas. Dito e feito: Mário Covas acabou mesmo sendo agredido por petistas e simpatizantes. Os mesmos que atacam o clima de “ódio” das manifestações pacíficas contra o PT.

É tudo muito nojento, cansativo, tosco. Mas é preciso ter paciência. As redes sociais nos deram uma poderosa arma contra essa hipocrisia toda. Hoje em dia, eles mentem como antes, mas são desmascarados no momento seguinte. E só mesmo com esse trabalho paciente de expor a farsa dessa esquerda odienta que se finge amarosa que vamos mudar as coisas. Pondé toca na ferida quando diz o que está realmente incomodando a velha esquerda socialista:

E aqui vai mais uma hipótese. A tentativa de polarizar o debate entre direita babona e esquerda democrática visa esconder a única novidade da política brasileira recente: o surgimento de uma direita jovem, liberal em comportamento, pró-mercado e democrática.

O Brasil está acordando para o fato de que é o mercado que vai nos tirar do buraco, e não esse estatismo neolítico das esquerdas, que quer fazer do Brasil um Sudão.

Não seremos um Sudão, nem mesmo uma Venezuela. A esquerda raivosa vai perder. O amor e a esperança dos brasileiros decentes irão prevalecer contra esses niilistas disfarçados de santos abnegados e justiceiros, que querem ver o circo pegar fogo e não ligam para os indivíduos de carne e osso que sofrem como vítimas de suas utopias.

Rodrigo Constantino

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