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O PT atrasou o Brasil em 20 anos, diz Aécio Neves
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A entrevista das páginas amarelas de VEJA desta semana é com o senador Aécio Neves, que resume muito bem o elevado custo da “experiência petista” em nosso país: foi responsável por um atraso de 20 anos! O retrocesso é visível, e quem é mais jovem não vai lembrar a época de inflação em disparada, ambiente econômico desesperador e completa falta de perspectiva no futuro do país. Nossas instituições foram corroídas pelo PT.

Não tivemos reformas. Tivemos o abandono das reformas positivas de antes. E, no curto prazo, só há uma maneira de lidar com isso: tirar o PT do poder. Como lembra Aécio, cumprir a lei é respeitar a democracia. Tudo deve ser feito dentro das instituições democráticas, justamente para se evitar ainda mais retrocesso institucional, qualquer cheiro de “golpismo”. Mas a situação está simplesmente insustentável. Diz o senador tucano:

Aecio

A mentira e o cinismo são, de fato, a cereja do bolo fecal petista, que já somos obrigados a engolir e que somam, como ingredientes, a incompetência, a arrogância, a ideologia, o autoritarismo e a roubalheira. Que pacote! Alguns tentam “defender” o PT e o estelionato eleitoral de Dilma alegando que ela está fazendo aquilo que o próprio Aécio Neves faria se tivesse vencido.

Além de isso ignorar o estelionato eleitoral em si, é falso: o fato de ser Dilma custa muito mais caro, pela total falta de credibilidade, e as mudanças de rumo não são convincentes, a equipe é incompetente, o “ajuste fiscal” é só aumento de imposto, ou seja, os tucanos sem dúvida poderiam apresentar algo melhor, ou menos pior. Aécio segue nessa linha, lembrando que o próprio choque de confiança ajudaria nas reformas tucanas:

Aecio 2

O PT não convence mais ninguém, e sua manutenção no poder  tem, portanto, um efeito devastador sobre as necessárias mudanças de rumo. Seguindo a leitura de VEJA, a coluna de Maílson da Nóbrega faz um bom resumo da responsabilidade do PT na crise, algo que o partido ainda nega de forma descarada. Lembra do uso da Petrobras, da “nova matriz macroeconômica”, da análise totalmente equivocada da crise de 2008 e da crença de que ela era uma carta branca para o governo gastar mais e fomentar a demanda etc. E conclui:

Mailson

O PT, em suma, afastou-se do capitalismo de livre mercado e mergulhou no intervencionismo estatal, imbuído de sua visão de mundo esquerdista, anticapitalista, contra o mercado. O economista Fabio Giambiagi vai lançar novo livro semana que vem sobre os pilares do bom capitalismo, aquele tão desprezado pelos petistas. Em breve entrevista à VEJA, alerta para os riscos de o Brasil seguir na trajetória grega, justamente por não fazer as reformas necessárias (e ainda destruir as antigas):

Giambiagi

Obra do PT, ou ao menos algo que foi bastante piorado com a gestão petista. O Brasil tem problemas estruturais, que vêm de antes do PT, mas que têm ligação com aquilo que o PT tão bem representa: a ideologia esquerdista que delega ao estado quase tudo. Essa visão tacanha de mundo é implantada na cabeça dos alunos desde cedo, e essa doutrinação ideológica é o que permite, depois, medidas tão contraproducentes como as tomadas pelo PT nos últimos anos. Giambiagi resume o problema:

Giambiagi2

Ou seja, nossas escolas e universidades são máquinas de produzir analfabetos funcionais, papagaios de slogans marxistas que condenam o capitalismo, o mercado, a globalização, e não conseguem compreender o mundo como ele é ou fazer contas básicas. Viram, depois, eleitores do PT e aplaudem sua “nova matriz macroeconômica”, seu protecionismo comercial, sua seleção dos “campeões nacionais”, seu represamento de preços, seu uso da Petrobras como alavanca do desenvolvimentismo etc. Não tem como dar certo se não atacar o sintoma (PT) e as causas (a mentalidade estatizante).

E, diante disso tudo, o PT segue alheio aos gritos de desespero das ruas, fazendo um programa patético em que ainda tenta elogiar seu legado, ironizando o panelaço que tomou conta do país. Plantou a desgraça e agora foge da colheita, como se tudo tivesse sido estragado por alguma praga externa. Os petistas estão batendo cabeça, perdidos, sem saber o que fazer. Uma reportagem da mesma VEJA resume bem a situação:

Veja

Uma nau sem rumo captura bem a imagem do Brasil hoje. Um Titanic prestes a bater no iceberg talvez seja ainda melhor. A Grécia vem aí, se nada radical for feito para mudar os rumos. O Brasil precisa de reformas estruturais de viés liberal, e precisa de mudanças conjunturais para viabilizá-las. A primeira delas é, sem dúvida, retirar o PT do poder. Com ele lá não dá mais, e o estrago continuará aumentando, punindo os mais pobres de forma desproporcional. O partido foi desmascarado e caminha rumo à extinção. O risco é ele ainda ter forças para levar o Brasil junto nesse seu suicídio. J.R. Guzzo, para fechar a leitura de VEJA desta semana, coloca o dedo na ferida:

Guzzo

Que o Brasil consiga se livrar dessa tragédia! Perdemos uns 20 anos com o PT, sem falar dos estragos que vão ficar, da subversão dos valores morais, do cinismo escrachado, da segregação da população entre “nós” e “eles”, da demonização dos adversários, das contas ainda ocultas embaixo do tapete, do aparelhamento do estado etc. Vamos ter que correr contra o tempo, recuperar o que foi perdido e fazer reformas de verdade para reduzir os gastos públicos e aumentar a produtividade, tornando o futuro mais promissor para os brasileiros, especialmente os mais pobres, vítimas de um partido populista que fala em seu nome, mas age contra seus interesses.

Rodrigo Constantino

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