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Prisão de Bendine, “moralizador” de Dilma, comprova: é preciso privatizar tudo!
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Aldemir Bendine foi preso em nova operação da Lava-Jato, acusado de receber milhões em propina da Odebrecht. Ao justificar a prisão de Bendine e outros operadores financeiros nesta quinta-feira, na 42ª fase da Operação Lava-Jato, o procurador da República Athayde Ribeiro Costa disse que “é incrível topar com evidências de que, após a Lava Jato já estar em estágio avançado, os criminosos tiveram a audácia de prosseguir despojando a Petrobras e a sociedade brasileira”.

Executivo escolhido pela ex-presidente Dilma Rousseff para chefiar a Petrobras com a missão de moralizar e limpar a empresa, depois da festa na petroleira durante 10 anos de gestão petista, Aldemir Bendine teve uma trajetória controversa. Ao mesmo tempo em que era o protótipo de “self made man” do funcionalismo público – ele foi de aprendiz a presidente do Banco do Brasil – ele guarda no armário várias acusações de irregularidades. A mais grave vem à tona com sua prisão nesta quinta-feira (27) pela Operação Lava Jato: ter solicitado vantagens indevidas para a Odebrecht enquanto era presidente da Petrobras.

A trajetória de Bendine vai além da fama de executivo competente e há relatos de favorecimento a grupos empresariais e amigos. Quando era presidente do Banco do Brasil, Bendine teria aproveitado sua posição para pedir vantagens para a amiga e socialite Val Marchiori. A acusação era a de que ele havia beneficiado Val com um empréstimo, mesmo ela tendo restrições para tomar crédito, e custou a Bendine seu cargo no BB, do qual se afastou no fim de 2014. O valor, de R$ 2,79 milhões, teria saído de uma linha em que o BB repassava recursos do BNDES. O enrosco ficou mais complicado quando se revelou que parte do dinheiro teria sido usado pela socialite para a compra de um Porsche, de forma irregualar.

Outras acusações apontaram que o homem que chegou para limpar a Petrobras talvez também tivesse um passado sujo. Em 2015, o Ministério Público Federal abriu investigação sobre Bendine após seu ex-motorista relatar que o presenciou saindo de um prédio comercial em São Paulo, ocupado por empresas ligadas ao grupo da TV Record, com uma sacola repleta de maços de notas de R$ 100. Também contou que recebeu ordens para fazer diversos pagamentos com altas quantias em dinheiro vivo, sempre entregues a ele dentro do BB, pelo próprio Bendine.

Os míopes vão focar apenas no currículo de Bendine, e concluir: Dilma escolheu um corrupto para presidir a estatal. Aqueles que conseguem enxergar mais longe, porém, vão concluir o mesmo que Leandro Ruschel concluiu:

Prenderam Aldemir Bendine, ex-presidente do BB e da Petrobrás, além de grande amigo de Dilma.

Alguém ainda mantém qualquer dúvida sobre a transformação das grandes estatais em centrais de desvio de recursos públicos? E sobre o nível de podridão dos governos petistas?

O PT não inventou a corrupção, apenas a organizou e fez crescer de maneira exponencial, como forma de se eternizar no poder.

Infelizmente, mesmo depois da Lava-Jato, a corrupção e a ineficiência continuam, apesar do menor nível de criminalidade.

A solução é uma só: privatizar tudo!

O governo tem que ficar bem longe dessas empresas. A venda da Petro, BB, Caixa, Eletrobrás e todas as outras 180 empresas federais poderia gerar um caixa importante para debelar a crise fiscal, além de retirar toda a influência política escrota nessas empresas e acabar com a possibilidade de corrupção.

Não há melhor caminho.

Não há outro caminho, eu diria de forma mais enfática. Que o PT é um bordel, um antro de corruptos, isso já está claro para todos. Mas erra por ingenuidade quem acha que é possível moralizar todas as estatais apenas colocando gente séria no comando. O mecanismo de incentivos é inadequado. Falta o olhar do dono, a punição para os incompetentes, a premiação dos eficientes, e a blindagem contra a politicagem.

Por isso os liberais entendem que não cabe ao estado ser empresário. Ou seja, é preciso privatizar todas as empresas, e concentrar os esforços estatais nas áreas básicas que justificam sua existência, como segurança e justiça – que, aliás, estão abandonadas às traças e aos bandidos. O coro é um só: Privatize Já!

Rodrigo Constantino

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