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Professor na Georgia deixa alunos escolherem notas para “reduzir estresse”
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Um professor universitário da Georgia resolveu adotar um mecanismo no mínimo “controverso” para “reduzir o estresse” dos seus alunos. Ele pretende permitir o uso de laptops e livros à vontade nos testes, e se o aluno ainda assim não concordar com a nota que receber, pode enviar um email ao professor que será atendido. Ou seja, na prática o aluno escolherá sua nota. Eis a reportagem da Fox News:

O agravante é que o curso é de business, ou seja, o professor está preparando aqueles que vão competir no mundo dos negócios depois, no livre mercado. Isso pode ser estressante mesmo, mas eis a dura realidade que a nova geração mimimi parece ignorar: o mundo é estressante!

A igualdade de resultados não existe no mundo real. Ali, uma empresa precisa se mostrar melhor do que a outra, um funcionário mais eficiente do que o outro, pois, assim como nos esportes, nem todos podem ser igualmente vencedores.

Claro que nem só de competição acirrada vive o capitalismo. Ele é também o maior mecanismo de cooperação da história, e basta entrar num supermercado para perceber isso. Mas a competição com base na meritocracia é parte essencial do sistema, caso contrário teremos Venezuela, Cuba, União Soviética, Coreia do Norte etc: escassez e igualdade na miséria para a maioria, enquanto a classe governante goza de privilégios.

Tentar blindar os alunos dessa dura realidade é tratar os futuros adultos como crianças incapazes, mentecaptos que necessitam de tutela, de amuleto. Permitir que cada um escolha a própria nota com base na subjetividade é pedir para ter fraudes, distorções, malandragem. Exigir o contrário é desconhecer a natureza humana e o mecanismo de incentivos que influencia cada um de nós.

O professor decidiu que apenas comentários positivos serão dados em sala de aula. Ele quer mesmo fomentar um ambiente de bolha, de ilusão. Isso não é proteger alunos do estresse, que será inevitável lá fora, no mundo real, na hora de procurar um emprego ou criar um negócio. Ele quer apenas se livrar do seu próprio estresse de educar, de lidar com melhores e piores, com vencedores e perdedores. E isso faz dele um dos piores professores. Um loser, se preferirem.

Parece até coisa de pedagogo brasileiro, inspirado no comunista Paulo Freire, que quer “aprovação automática” independentemente da nota e da capacidade do aluno. Assim não se forma alguém preparado para a vida, para o mercado. No máximo se “forma” alguém pronto para ser deputado ou senador pelo PT ou PSOL…

Rodrigo Constantino

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