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Responsáveis por escola em Parkland alvo de massacre recente vetam palestra de conservador
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Após o massacre na escola de Parkland, aqui pertinho, o tema do controle de armas voltou com força total à pauta, patrocinado pela esquerda democrata que não perde uma oportunidade de politizar tragédias do tipo. Vimos alunos de até 14 anos ganhando holofotes para apresentar ao mundo suas “soluções” incríveis: o governo desarmar a população ordeira. Vimos um movimento “espontâneo” que imediatamente contava com todo apoio e coordenação dos poderosos do Partido Democrata. E assim surgiu a “marcha por nossas vidas”, que recebeu doações milionárias de artistas famosos.

Tudo muito lindo e comovente, mas… e o direito ao contraditório? Será que esses jovens, ainda em formação intelectual, teriam acesso aos pensadores que discordam dessa receita de bolo? Será que aqueles que falam tanto em diversidade e tolerância iriam tolerar o ponto de vista diferente? Será que os alunos poderiam acompanhar debates construtivos sobre o assunto, para absorver visões distintas e chegar às suas próprias conclusões mais embasadas?

Quem acha que sim não conhece bem a América de hoje. Nela, os agentes de Gramsci tiveram grande sucesso em dominar escolas e universidades e impor seus 50 tons de vermelho. Terroristas comunistas ou islâmicos não só podem falar para alunos, como costumam receber tratamento de estrela de rock. Radicais socialistas são gurus nesses locais. Mas um conservador? Será tratado como pária, como um “fascista”, e poderá, deverá ser calado na marra pelos “antifascistas”, claro.

Acontece com muita frequência, e basta perguntar a Ben Shapiro. Aconteceu novamente esta semana com Charlie Kirk, defensor de Trump e criador da organização Turning Point USA, que pretende justamente combater a doutrinação ideológica na educação. Ele foi convidado por alunos para falar na Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, e chegou a comentar no Twitter que estava muito empolgado para apresentar seu ponto de vista, caso não fosse vetado pelos responsáveis. Não deu outra!

Kirk é conhecido por sua defesa da Segunda Emenda da Constituição, que preserva o direito de o cidadão ter armas para sua defesa contra o crime comum e contra o estado injusto. Ele sabia que essa mensagem não ia ecoar bem entre os professores, que são quase todos de esquerda e endossaram a política desarmamentista como caminho para evitar novos massacres em escolas.

Os oficiais de Broward School District não permitiram sua palestra, mesmo que fosse a convite dos próprios alunos, mesmo que fosse com adesão voluntária, e mesmo que fosse após o horário da escola, sem prejudicar qualquer aluno. Alegou-se uma desculpa genérica, de que qualquer palestrante de fora convidado não-oficialmente pela escola não teria permissão para falar no campus.

Mas Kirk está certo de que o motivo foi ideológico: se ele defendesse o controle de armas, provavelmente não seria barrado. Em entrevista na Fox News, Kirk lamentou o episódio, disse que pretendia debater o assunto de forma aberta, e que soluções não serão encontradas com menos debate, e sim mais.

De acordo com Kyle Kashuv, um dos alunos que convidaram Kirk, a estrela do Miami Heat Dwayne Wade esteve no campus da escola recentemente para palestrar a favor do controle de armas. Ele teria doado $200 mil para a marcha, e alegar que o atleta estava apenas “consolando” as vítimas do atentado, e não empurrando uma agenda política, é simplesmente falso, diz Kashuv. E, de fato, o próprio Dwayne chegou a tuitar após o encontro que estava animado pelo impacto significativo que esses alunos poderiam ter, para trazer mudança. De que mudança ele falava, ora bolas?

Como fica claro, as escolas e universidades podem receber todo tipo de pensador, desde que seja de esquerda. É como Ford dizia aos seus primeiros consumidores: podem escolher qualquer cor de carro, desde que preta. O efeito negativo desse viés na formação dos jovens não pode ser desprezado. Minha filha, que estuda numa high school similar a MSD de Parkland, só escuta um lado na sala de aula, só tem acesso ao discurso “progressista” que prega controle de armas ou exagera no risco do “aquecimento global”. Não fosse seu acesso ao contraditório dentro de casa, certamente ela seria mais um robô a repetir a ladainha de esquerda por aí…

Rodrigo Constantino

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